Terminou, na última terça-feira (19), a Cúpula de Líderes do G20. O evento, realizado no Rio de Janeiro, marcou o término da presidência do Brasil no grupo, que será comandado, a partir de 1º de dezembro, pela África do Sul.
A principal taxa que o Brasil deixa porquê legado enquanto presidente rotativo do G20 é a formação da Confederação Global Contra a Míngua e à Pobreza. A iniciativa é do presidente Lula e foi lançada formalmente no evento.
Ao todo, 82 países e dezenas de entidades internacionais aderiram ao projeto, que consta na enunciação final do evento, ao lado de outras medidas. Entre eles, está a Argentina, governada pelo presidente ultraliberal Javier Milei, apesar de ressalvas.
A enunciação final lida por Lula no fechamento da Cúpula exaltou o combate à lazeira, a taxação de super-ricos e mudanças na governança global. Também houve compromissos climáticos e promessas de cooperação entre os países.
Para Ana Carolina Marson, doutora em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP), o consenso tem um significado importante ao marcar o poder de diplomacia que Lula tem e que retorna agora neste novo governo.
“É importante evidenciar que, em alguns tópicos desse documento final da conferência, principalmente os países do G7 apresentaram certa resistência – não foi muito aquilo que eles gostariam. Porém, sim, teve esse consenso. Pra diplomacia brasileira, isso representa um grande sucesso. Nós retornamos agora, nessa novidade gestão presidencial, porquê um país de mediação internacional.”
“Nós não podemos olvidar que temos agora [Donald] Trump retornando à Morada Branca, Javier Milei na Argentina, que também apresenta muita dissidência em relação a certos pontos. Apesar do tamanho das dissensões entre as nações, apesar de tudo isso, o trajo do documento ter sido assinado e ter havido esse consenso mostra um grande sucesso”, reforça Marson.
Efetividade das resoluções
Apesar do consenso, a perito destaca que nenhum país é obrigado a executar a enunciação final do G20, já que as resoluções não têm caráter vinculante.
“Os países vão à conferência, debatem, mas eles não têm obrigatoriedade nenhuma em seguir essa solução. É interessante que eles sigam porque essa solução trouxe pontos importantíssimos porquê a questão da Palestina, Ucrânia, a taxação de super ricos, o uso da perceptibilidade sintético e o tópico mais importante hoje: a questão climática, mudanças climáticas, porquê mourejar com as emissões de carbono”, lista Marson.
“Logo, é interessante notar que é muito difícil fazer com que aqueles países que não têm interesse sigam, porque não existe zero que os obrigue a seguir, mas o que nós podemos fazer – a sociedade social porquê um todo – é cobrar que essas proposições sejam seguidas”, propõe a doutora em relações internacionais pela USP.
Segundo Marson, para o Brasil, no entanto, com o grande suporte da comunidade internacional, a geração da Confederação Global Contra à Míngua e à Pobreza pode trazer bons resultados, tendo em vista realizações do presidente Lula relacionadas ao tema historicamente.
“A lazeira e a pobreza sempre foram pautas das gestões do presidente Lula e agora, não dissemelhante, continuam sendo. Essa foi uma taxa trazida por ele para os debates. O trajo dele ter conseguido incluir isso no documento final mostra a força do presidente Lula em promover essa taxa. Cá no Brasil, especificamente, eu acredito que tem um impacto bastante significativo. Desde que o presidente Lula entrou no poder, nós vimos um aumento real do salário mínimo pela primeira vez em muitos anos. Logo, já vimos aí uma ainda não tão significativa, mas uma redução da quantidade de pessoas em situação extrema pobreza, em situação de vulnerabilidade”, pontua.
A entrevista completa está disponível na edição desta quinta-feira (21) do Mediano do Brasil, no via do Brasil de Veste no YouTube.
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O Mediano do Brasil é uma produção do Brasil de Veste. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.
Edição: Nicolau Soares