O presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a teimar em regulação estatal das plataformas digitais ao comentar o bloqueio da rede social X no Brasil.
– Eu acho que a regulação das plataformas digitais é para diminuir os incentivos negativos das plataformas digitais. Qual é o incentivo negativo? O ódio, a pataratice, a violência, a agressividade, trazem muito mais engajamento do que a fala moderada, a fala civilizada, de procura da verdade verosímil em uma sociedade plural – avaliou Barroso, em conversa com jornalistas, em Novidade York.
Ele alega que é preciso neutralizar os incentivos negativos por meio da conscientização das plataformas para que tenham termos de autorregulação adequados e ensino midiática para a sociedade.
– Tem que ter qualquer intensidade de regulação estatal, sim. Não pode pedofilia, não pode terrorismo, não pode vender arma – defendeu.
Na visão de Barroso, o problema é que a “polarização do mundo e do Brasil chegaram a um tal ponto que as pessoas não conseguem concordar nem sobre aquilo que é siso geral”. Ele também defendeu uma reocupação do espaço pela prelo tradicional para que as pessoas possam ter entrada a “informação confiável”.
– Não importa se você é liberal, conservador, progressista, não pode ter pedofilia na rede. Não pode ter convocação para a prática de atos terroristas, não pode fornecer o nome da esposa e o endereço de uma poder e convocar a população para ir lá atacá-la – afirmou.
Barroso discursou nesta sexta-feira (20) no evento SDGs in Brazil 2024, na sede da ONU em Novidade York, por ocasião da Reunião Universal das Nações Unidas, organizado pelo Pacto Global – Rede Brasil da ONU.
Em sua fala, o presidente do STF afirmou que é preciso fazer com que mentir volte a ser incorrecto no Brasil.
– As pessoas passaram a gerar as suas próprias narrativas. Precisamos fazer com que mentir volte a ser incorrecto de novo – disse ele.
Ainda no tema de tecnologia, o magistrado também defendeu a regulamentação da perceptibilidade sintético (IA).
– A perceptibilidade sintético vai mudar o mundo, mas precisamos regulá-la para mantermos numa trilha moral – avaliou.
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