Ronaldo Caiado responsabiliza Lula pelo 8 de janeiro e propõe anistia ampla aos condenados

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), foi entrevistado nesta segunda-feira, 9, no programa Roda Viva, da TV Cultura. Durante a conversa, o político não poupou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atribuindo a ele a responsabilidade pelos eventos de 8 de janeiro.

“Você acha que se eu estivesse na Presidência da República ia deixar o baderneiro quebrar o Congresso Pátrio?”, interpelou o governador.

Na visão de Caiado, a “carência e incompetência” de Lula foram determinantes para a ocorrência dos ataques aos edifícios dos Três Poderes.

Falta de liderança no Executivo é destaque nas críticas

Além da criminação direta, Caiado pontuou que a figura do presidente deve ser ativa, capaz de liderar e orientar o país. Segundo ele:

“Na carência do presidente, os outros Poderes tomam conta do governo e anulam o poder do presidente.”

Anistia ampla aos condenados de 8 de janeiro é promessa de campanha

Pré-candidato à Presidência da República em 2026, Ronaldo Caiado declarou que, caso seja eleito, irá conceder anistia ampla, universal e irrestrita aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Essa medida incluiria também o ex-presidente Jair Bolsonaro e os demais investigados no processo que apura a tentativa de golpe de Estado em 2022.

“Isso já existiu e já foi implantado no Brasil”, justificou o governador, citando a Lei da Anistia de 1979, que inicialmente beneficiou presos da ditadura e posteriormente também militares do regime.

Anistia sem Congresso e foco na campanha eleitoral

Para Caiado, o perdão deve ser uma decisão exclusiva do dirigente do Executivo, sem premência de tramitação no Congresso Pátrio. Ele defende que a medida integra diretamente sua estratégia de campanha.

Interpelado sobre o suposto projecto de golpe de Estado, o governador evitou se posicionar de forma clara sobre o tema. Ainda assim, mostrou incômodo com o foco prolongado nas discussões em torno do incidente: