A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, avalia que as crises do Pix e a fraude do INSS prejudicaram o esforço de recuperação da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ofuscando medidas do governo petista. Ela reconheceu, em entrevista à Folha de S.Paulo, que secção dos partidos que hoje integram a base de escora ao governo estará em campo oponente nas eleições de 2026.
Para Gleisi, o patamar de aprovação de 40% de Lula ainda é uma requisito suficiente para reversão do quadro negativo.
– Tenho certeza que o governo vai melhorar. É mostrando o que está acontecendo para a população, os feitos do governo. Temos tempo para isso – afirmou a ministra na entrevista, ressaltando que Lula vai viajar mais pelo Brasil para “conversar com a população”.
Para Gleisi, a baixa popularidade do governo não é só um problema de informação.
– Acho que tem problemas e tem que melhorar – disse ela.
Gleisi citou o peso das crises do Pix e do INSS e ressaltou ainda o papel da oposição ao governo.
– Não tínhamos essa oposição militante, que é a da extrema direita, uma oposição de rua, de rede, de Congresso e que disputa o tempo inteiro.
Sobre o INSS, a ministra de Lula disse na entrevista que o governo está “tomando todas as medidas e não restam dúvidas de que esse esquema foi montado no governo pretérito”. Ela afirmou que a CPMI do INSS é “uma verdade”, mas que o governo não tem “terror nem problema” com a CPMI.
Gleisi defendeu que é preciso ter base poderoso no Congresso em 2026. Perguntada se vai concorrer, afirmou que ainda não conversou com Lula a saudação.
– Acho que eu teria que fazê-lo para ajudar a placa e ajudar a bancada – finalizou.
*AE
Créditos (Imagem de revestimento): Gleisi Hoffmann Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI
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