Um incêndio atingiu um cruzeiro com turistas brasileiros, na madrugada desta terça-feira (3), durante viagem pelo Mar Mediterrâneo, na Itália . Um par do Recife, que viaja na embarcação, contou que, depois do acidente, o navio ficou à deriva em alto-mar por mais de seis horas, com metade desse tempo sem vigor. Ninguém ficou ferido, segundo testemunhas.
“Vimos o incêndio e aí o desespero foi maior, pois as luzes se apagaram. Assim, corremos para o quarto pegar o colete […], foi uma madrugada desesperadora, no meio do mar, sem luz”, disse a defensora pública Caroline Silveira.
De contrato com os passageiros, a tripulação disse que o incêndio teria sido provocado por “uma pane elétrica” no terceiro caminhar. De manhã, o comandante do navio avisou aos turistas que, depois de deixá-los na próxima paragem do trajeto, em Gênova, vai interromper a viagem antes de chegar ao tramontana final, do outro lado do Mediterrâneo, na Espanha.
O incêndio aconteceu por volta da 1h no horário sítio (20h da segunda, 2, no Brasil), no terceiro pavimento da embarcação, da MSC Cruzeiros.
Com 16 andares, o navio “MSC Orchestra” tem 59,64 metros de profundidade e capacidade para transportar 3.223 passageiros, além de 940 tripulantes, distribuídos em 1.275 cabines, segundo informações que constam no site da companhia.
O cruzeiro saiu de Barcelona, na Espanha, no dia 29 de maio, seguindo um roteiro que incluía paradas em Ibiza, Cagliari, Civitavecchia, Gênova e Marselha. Depois disso, a embarcação voltaria para Barcelona na quinta-feira (5). O incêndio ocorreu no trajeto entre Civitavecchia e Gênova, na Itália.
Ainda a bordo do navio, em viagem com o marido e um par de amigos, Caroline disse que eles tinham saído de uma sarau na piscina do deque superior, no 13º caminhar, quando o incêndio começou. Imagens enviadas mostram a fumaça saindo de partes do navio.
“Descemos para o quarto (no 12º caminhar). Depois de alguns minutos, ouvimos os três sinais informando que havia incêndio no navio, no terceiro caminhar. Saímos para o galeria, mas não tinha ninguém da tripulação”, relatou a passageira.
Marido de Caroline, o jurisconsulto Paulo Neves, afirmou que, durante o incêndio, houve uma correria generalizada dentro do navio.
“Começou Foi muita fumaça e houve aquele desespero, aquela tensão. Todo mundo correndo por colete, muitos idosos, muitas crianças. Foi aquela tensão. […] Chegou incêndio no último caminhar, acredito que por razão de combustível, do vento… A gente não sabe, mas o que informaram é que foi no terceiro caminhar”, contou.
De contrato com o jurisconsulto, em seguida alguns minutos, as luzes no navio se apagaram e um integrante da tripulação informou no alto-falante que o incêndio tinha sido controlado, sem deixar vítimas. Apesar disso, a embarcação continuou à deriva até o início da manhã.
“[Foram] mais de três horas sem vigor. Alguns pontos com luz por conta de gerador, mas os quartos no escuro”, descreveu Paulo.
Segundo o par, durante o moca da manhã, por volta das 9h (5h no Brasil), o comandante da embarcação disse aos passageiros que o cruzeiro só iria até Gênova, mas não poderia mais dar ininterrupção à viagem devido a “problemas na propulsão do navio”.
“Ele fez um pronunciamento na caixa de som, de madrugada, e disse que depois ia dar mais informações. De manhã, a gente estava tomando moca e ele falou que o cruzeiro não ia continuar. […] A informação é que vamos desembarcar em Gênova e não falaram zero uma vez que vamos seguir pra Barcelona, sítio do nosso embarque”, disse o jurisconsulto Paulo Neves.
Manancial/Créditos: G1
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