Diálogos captados pela Polícia Federalista (PF) registram o prefeito de Palmas, capital do Tocantins, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), vazando informações confidenciais sobre investigações e operações policiais programadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), envolvendo o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), e juízes do estado.
Os registros, mostram que Campos tinha conhecimento detalhado sobre o curso de um processo em curso no STJ e afirmava ter uma manadeira dentro do tribunal, que receberia pagamento para repassar essas informações. “Cá vão dançar dois juízes e pelo menos três advogados”, relata Siqueira a um dos alvos da investigação.
Em outro trecho, o prefeito dá detalhes sobre o progresso de uma investigação contra um dos alvos da Polícia Federalista, Thiago Marcos Barbosa, sobrinho do governador do Estado, que atualmente está recluso.
“É que seu caso lá em Brasília tá um pouco pior do que a gente pensava. O que acontece… a Procuradoria falou no seu processo e você não está mais somente uma vez que secção, você figura uma vez que um polo da investigação, você está sendo investigado dentro daquele esquema e isso já saiu oficialmente.”
O prefeito relata ter “um colega em Brasília” e antecipa a realização de uma operação da PF no estado. “Não ia trespassar antes do recesso, viu? Só quando chegasse em agosto.”
Segundo a polícia, o vazamento das operações pelo prefeito comprometeu a eficiência da operação e levou à obstrução da investigação.
A PF pediu ao ministro do Supremo relator do mega questionário sobre venda de sentenças, Cristiano Zanin, a prisão e o isolamento do prefeito, mas ele decretou somente mandados de procura e inquietação.
Nesta semana, a PF prendeu ainda um grupo de “espionagem e extermínio”, formado por militares da ativa e da suplente, que assassinou um jurisperito com papel médio no esquema e mantinha até uma tábua de preços para monitorar autoridades.
Uma vez que revelou o G1, a arapongagem ilícito de um ministro do Supremo, por exemplo, custava R$ 250 milénio.
Tentamos contato com o prefeito, mas não teve resposta até a última atualização da reportagem.
Manancial/Créditos: G1
Créditos (Imagem de cobertura): Reprodução
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