Em um momento de tensão crescente no cenário político brasiliano, um testemunho firme e direto do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Tropa, pode ter desmoronado de vez a narrativa que vinha sendo construída para justificar uma provável prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante uma oitiva realizada no Supremo Tribunal Federalista (STF), Freire Gomes foi confrontado diretamente pelo ministro Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que envolvem Bolsonaro e seus aliados. O general, no entanto, surpreendeu ao negar de forma categórica que tenha oferecido “voz de prisão” ao ex-presidente, porquê havia sido ventilado por setores da prensa e da esquerda política. Segundo ele, houve um simples “equívoco na versão da prensa sobre o incidente”.
Freire Gomes se referia ao caso da minuta de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), citada em investigações que tentam associar Bolsonaro a supostos planos golpistas. A minuta, que teria sido encontrada em posse de ex-assessores, foi tratada por veículos da grande mídia porquê uma prova contundente de que o ex-presidente teria articulado um rompimento institucional.
Entretanto, de consonância com o general, a tal minuta sequer foi tratada com seriedade por ele à quadra. “Não dei globo para aquela minuta. Nunca considerei que aquilo representava qualquer tipo de ordem ou intenção séria”, afirmou Freire Gomes. O ex-comandante destacou ainda que, com mais de 50 anos dedicados ao Tropa, não colocaria sua honra em risco mentindo sob juramento.
A enunciação do militar foi feita em meio a uma audiência tensa, marcada por momentos de embate direto com o ministro Alexandre de Moraes. Visivelmente irritado com a incongruência entre o testemunho atual e o que constava anteriormente nos autos, Moraes questionou duramente o general.
“Ou o senhor falseou a verdade na polícia, ou está falseando a verdade cá”, disse Moraes, elevando o tom. “Antes de responder, pense muito. A testemunha não pode deixar de falar a verdade. Se mentiu na polícia, tem que falar que mentiu na polícia. Não pode agora no STF manifestar que não sabia.”
Sem se combalir, Freire Gomes respondeu com firmeza: “Com 50 anos de Tropa, eu nunca mentiria.” A resposta, curta e direta, provocou silêncio na sala de audiência e repercutiu imediatamente entre os observadores do processo.
Analistas políticos apontam que o testemunho do general representa um duro golpe contra a narrativa que vinha sendo consolidada nos últimos meses por setores da prensa e por adversários políticos de Bolsonaro. Para muitos, a denúncia de que o ex-presidente teria tentado dar um golpe de Estado nunca se sustentou de forma concreta, mas serviu porquê base para ações duras contra ele, porquê o confisco de passaportes, bloqueios de contas bancárias e, agora, a prenúncio de prisão.
Especialistas em recta constitucional apontam ainda que o país vive um clima cada vez mais próximo de um “estado de exceção”, onde garantias fundamentais estão sendo corroídas em nome de uma suposta proteção à democracia. “Estamos vendo um tanto muito grave. Uma narrativa política está sendo tratada porquê se fosse trajo jurídico consumado. Quando testemunhas começam a desmontar essa construção, o que se vê é uma tentativa de intimidá-las, o que é inadmissível num Estado de Recta”, afirmou um jurista ouvido sob exigência de anonimato.
Nas redes sociais, a reação foi imediata. Parlamentares da oposição ao governo Lula e apoiadores de Bolsonaro celebraram o testemunho do general porquê uma “explosivo” contra o sistema. “A verdade está vindo à tona. Não há golpe, não há delito. O que há é perseguição política”, escreveu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O próprio Jair Bolsonaro, que se mantém em silêncio público sobre o caso, teria recebido a notícia com tranquilidade, segundo pessoas próximas. A resguardo do ex-presidente avalia que o testemunho de Freire Gomes pode ser utilizado para desmontar futuras tentativas de criminalização por atos que, até o momento, permanecem sem provas consistentes.
A expectativa agora é sobre os próximos passos do Supremo e da Procuradoria-Universal da República. Com a narrativa saída, cresce a pressão por um reexame dos inquéritos e uma reavaliação das medidas já impostas contra o ex-presidente.
Em meio a um cenário cada vez mais polarizado, o testemunho de Freire Gomes reforça a sensação de que o Brasil vive uma crise institucional profunda, onde verdades incômodas enfrentam resistências de um sistema que parece sentenciado a expelir adversários políticos, custe o que custar. Para muitos, o general fez mais do que depor: ele escancarou o desequilíbrio de forças que prenúncio a democracia brasileira.
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