Gravações encontradas pela Polícia Federalista (PF) revelam declarações alarmantes feitas pelo agente Wladimir Soares, que afirmam a existência de uma suposta preparação para prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), logo em seguida as eleições presidenciais de 2022. O teor dos áudios foi tirado do celular pessoal do próprio agente e integra um questionário que investiga uma verosímil tentativa de golpe contra a democracia brasileira.
Gravações indicam projecto para conquistar Moraes
Nos áudios interceptados pela PF, Wladimir Soares afirma de forma contundente que havia uma fala para prender o ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, o grupo ao qual dizia pertencer estaria pronto para agir caso houvesse a ordem. Em um dos trechos mais polêmicos, Wladimir diz:
“Tem que prender, prende logo e não tem muita conversa. […] A gente estava pronto para isso inclusive, para ir prender o Alexandre de Moraes. Eu ia estar em uma equipe, ia botar para f* nesse fruto da p*”.
O teor labareda atenção pelo texto violento e pela naturalidade com que o agente descreve um projecto que, se concretizado, representaria um ataque direto ao Estado Democrático de Recta. A gravação está sendo analisada pela PF dentro de um contexto mais extenso que investiga articulações para desestabilizar os Três Poderes em seguida a guia eleitoral do portanto presidente Jair Bolsonaro.
A suposta trama golpista
As investigações em curso apontam que havia, entre apoiadores radicais do governo anterior, um movimento para neutralizar autoridades da República que, de alguma forma, eram vistas uma vez que opositoras. A tentativa de prender Alexandre de Moraes, figura médio nas decisões do STF relacionadas ao combate à desinformação e à resguardo das instituições democráticas, seria uma peça-chave nessa suposta conspiração.
Wladimir não detalha se a “equipe” da qual fala realmente existia ou se ele unicamente verbalizava intenções pessoais em tom exaltado. No entanto, o vestuário de suas declarações terem sido feitas em conversas privadas e recuperadas diretamente de seu aparelho celular, reforça o caráter investigativo do material. Para a PF, essas gravações ajudam a montar um quebra-cabeça que pode justificar que houve planejamento para atos antidemocráticos.
Bolsonaro é citado, mas áudios também o isentam
A divulgação dos áudios teve repercussões políticas imediatas. Setores contrários ao ex-presidente Jair Bolsonaro passaram a utilizar o teor uma vez que mais uma evidência de que haveria uma fala antidemocrática envolvendo pessoas próximas ao seu governo. No entanto, outro trecho das gravações traz uma visão dissemelhante sobre o papel de Bolsonaro nesse contexto.
Em um segundo áudio, Wladimir critica francamente a postura do ex-presidente, afirmando que ele teria se postergado em momentos decisivos e que preferiu atuar “dentro das quatro linhas”, ou seja, respeitando os limites constitucionais.
“Ele foi frouxo. Quando o Moraes barrou o Ramagem, era para ter reagido. Mas ele quis seguir tudo certinho”, diz o agente, referindo-se à decisão de 2020, quando Alexandre de Moraes impediu a nomeação de Alexandre Ramagem para o função de diretor-geral da PF.
Essa fala tem sido utilizada por apoiadores de Bolsonaro para alongar qualquer responsabilidade direta do ex-presidente nas possíveis articulações golpistas. Segundo essa traço de argumentação, o próprio agente confirma que Bolsonaro não aderiu a iniciativas fora do que determina a Constituição.
O papel da PF e as próximas etapas
A Polícia Federalista está aprofundando a investigação para entender o alcance das declarações de Wladimir Soares e verificar se, de vestuário, havia um grupo com capacidade operacional e comando definido para executar medidas uma vez que a prisão de autoridades. A apuração inclui estudo de mensagens, ligações e encontros que possam justificar a existência de uma estrutura coordenada.
Caso seja confirmada a existência de uma organização com objetivo golpista, os envolvidos poderão ser responsabilizados criminalmente por atos contra a ordem democrática, obstrução de Justiça, entre outros crimes previstos na legislação brasileira.
Ainda não há informações oficiais sobre o encolhimento ou punição de Wladimir Soares, mas fontes indicam que ele está sendo ouvido pelas autoridades e que o caso está sob sigilo para preservar o curso das diligências.
Repercussão no meio político e jurídico
As declarações causaram reações imediatas no meio político. Parlamentares da base governista classificaram os áudios uma vez que gravíssimos e cobraram responsabilização. Já aliados do ex-presidente adotaram cautela, argumentando que as falas de Wladimir representam uma posição isolada e sem conexão comprovada com decisões oficiais do governo da era.
No meio jurídico, juristas apontam que o incidente revela os riscos à democracia quando integrantes das forças de segurança se envolvem em discursos de insubordinação institucional. O STF ainda não se manifestou oficialmente sobre o teor das gravações, mas há expectativa de que medidas sejam tomadas conforme o progressão da investigação.
O contexto histórico da tentativa de nomeação de Ramagem
A sátira feita por Wladimir à decisão de Moraes em 2020 remete a um incidente emblemático: em seguida a saída de Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federalista, Bolsonaro tentou nomear Alexandre Ramagem, portanto diretor da Abin e próximo da família presidencial, para o função. A nomeação foi barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, que apontou meandro de finalidade.
O caso gerou potente tensão entre o Executivo e o Judiciário à era, mas terminou com a nomeação de outro nome para o comando da PF. Para críticos de Bolsonaro, a tentativa demonstrava um movimento para irmanar instituições. Para seus apoiadores, foi uma injustiça cometida pelo STF.
Peroração
O teor dos áudios atribuídos ao agente Wladimir Soares reacende o debate sobre os limites da atuação política e institucional de membros da segurança pública. Ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja citado, os próprios áudios demonstram que ele preferiu seguir os trâmites constitucionais, mesmo sob pressão. A investigação segue em curso, e os desdobramentos desse caso poderão ter impactos profundos tanto no cenário político quanto na crédito nas instituições democráticas do país.
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