O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta quarta-feira, 9, que a decisão do Brasil quanto ao “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é dar “reciprocidade”. Lula ressaltou que o governo e diplomatas já conversaram com os negociadores de Trump.
“Ou nós vamos para a Organização Mundial do Transacção (OMC) litigar, onde é o recta da gente litigar, ou a gente vai dar reciprocidade. É o mínimo que se espera de um país, que tenha distinção e soberania”. Lula deu as declarações em Tegucigalpa, Honduras, a jornalistas, em meio à cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
Lula explicou que ainda não há “medida prática” contra os EUA porque o Brasil vai “utilizar todas as palavras de negociação que o léxico permitir”.
“Quando rematar a termo negociação, nós vamos tomar as decisões que entendermos que sejam cabíveis. O Brasil é um País que não tem contencioso, não queremos litigar. Tudo no Brasil é feito na base da conversa, na base de uma mesa de negociação. É logo que a gente quer fazer o Brasil se transformar num País de uma economia potente. É conversando, negociando e acordando”, destacou.
O director do Executivo destacou as preocupações sobre decisões unilaterais de Trump, uma vez que “cada dia ele anuncia uma medida, cada dia ele fala uma coisa”.
“Ou seja, nós não sabemos qual será o efeito devastador disso na economia. Inclusive na própria economia americana, ninguém pode manifestar que vai ser bom ou que vai ser ruim. Porque é preciso saber quanto vai custar isso do ponto de vista do preço dos produtos, do ponto de vista da relação multilateral”, indicou.
Segundo Lula, está “cada vez mais visível” de que se trata de “uma peleja pessoal com a China”. O presidente frisou que a melhor forma de se fazer um bom concórdia “é sentar a uma mesa de negociação, sem predominância, sem prepotência e sem arrogância”.
“Querer fazer negociação individual é você colocar término no multilateralismo. E o multilateralismo é muito importante para a tranquilidade econômica que o mundo precisa. E é muito importante que as pessoas entendam que não é admissível a predominância de um país, nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica”, ponderou.
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