O dólar encerrou esta quarta-feira (9) em potente queda frente ao real, reagindo à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de prorrogar por 90 dias a emprego das tarifas mais duras contra países que não retaliaram as medidas comerciais dos EUA. A trégua trouxe refrigério aos mercados emergentes, favorecendo moedas uma vez que o real brasiliano.
Com o recuo, o dólar à vista caiu 2,51%, fechando a R$ 5,8473, depois oscilar entre R$ 5,8298 e R$ 6,0967 ao longo do dia. O dólar horizonte para maio também registrou queda de 2,87%, sendo negociado a R$ 5,8640 por volta das 17h05.
A notícia da trégua tarifária inverteu o movimento de subida observado no início do pregão, quando o dólar chegou a disparar com a escalada da guerra mercantil entre EUA e China. Mais cedo, a China anunciou tarifas de 84% sobre produtos americanos, o que levou Trump a aumentar as tarifas sobre produtos chineses de 104% para 125%, com efeito repentino.
Segundo o presidente americano, a decisão foi motivada pela “falta de saudação da China aos mercados globais” depois o endurecimento das retaliações. Ainda assim, o recuo parcial nos embates comerciais com outros países acabou prevalecendo nos mercados financeiros, impulsionando ativos de risco e enfraquecendo o dólar frente a moedas emergentes.
Desempenho no exterior
No cenário internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subia 0,21%, atingindo 103,168 pontos. Entre os pares principais:
- O euro recuava 0,23%, cotado a US$ 1,0933
- A libra esterlina avançava 0,27%, a US$ 1,2800
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