O Movimento Sem Terreno (MST) invadiu 11 propriedades, entre o último sábado (5) e a noite deste domingo (6), no chamado Abril Vermelho. Os locais ficam nos estados de Minas Gerais, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Setentrião e São Paulo.
O movimento considera as políticas para a reforma agrária em curso uma vez que aquém do necessário e quer pressionar o governo federalista por mais velocidade no assentamento de famílias. Em epístola divulgada em janeiro, o MST cobrou o assentamento de 100 milénio famílias que seguiam acampadas pelo País.
Responsável pelo diálogo com o movimento dos sem-terra, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou, no sábado, que a pasta retomou os avanços da política que haviam sido paralisados pelo governo anterior. Durante evento de inauguração do Assentamento Egídio Brunetto I, em São Paulo, o ministro disse que o governo Lula deve terminar o procuração com 60 milénio famílias assentadas.
Na ocasião, a secretária executiva do ministério, Fernanda Machiavelli, disse que a meta do ministério é botar 29 milénio famílias até o final deste ano, o que, segundo ela, não ocorria desde 1998. “Estamos falando de uma retomada radical da reforma agrária”, destacou.
Líderes do MST já pediram a saída de Teixeira do ministério, pelo ritmo considerado grave de desapropriações de terras para homiziar famílias, e ele pode ser trocado na reforma ministerial Uma vez que mostrou a Pilastra do Estadão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a bracear de forma mais incisiva a aliados históricos da esquerda raiz, uma vez que o MST. A medida ocorre diante da queda de popularidade do governo acentuada neste ano.
Em março, Lula esteve no acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG). Foi a primeira visitante que fez no atual procuração.
No lugar, o petista disse que tem lado e não esquece quem são seus amigos. Também anunciou que destinará 12.297 lotes para famílias acampadas em 138 assentamentos rurais e prometeu recursos.
A mais recente das invasões ocorreu na Usina São José, em Rio das Pedras, São Paulo. Segundo o MST, o lugar é responsável por delito ambiental que matou 250 milénio peixes em 2014. Outra invasão, ocorrida na madrugada de sábado, foi de uma propriedade às margens da BR-116, no município de Frei Inocêncio, em Minas. Mais de 600 famílias estão no lugar, segundo informações do MST. A ação reivindica a desapropriação da Quinta Rancho Grande para fins de reforma agrária.
O chamado Abril Vermelho marca o natalício do massacre de Eldorado dos Carajás, que deixou 21 mortos em 1996. No período, o movimento tradicionalmente promove manifestações e invasões.
*Com informações AE
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