O tarifaço de Donald Trump anunciado nesta semana entrou em vigor neste sábado (5). Além da preocupação com as exportações brasileiras para os Estados Unidos, o Brasil teme os impactos que a mudança no transacção global pode ocasionar no mercado interno.
A partir deste sábado, passa a valer a tarifa mínima de 10% sobre os produtos que entram nos Estados Unidos, inclusive os do Brasil.
Já na próxima quarta-feira, entram em vigor taxas ainda mais altas para países que exportam mais do que importam dos Estados Unidos, uma vez que é o caso da China. A medida pode provocar um desequilíbrio na economia mundial. Um dos setores diretamente afetados é a indústria têxtil. Os Estados Unidos importam muro de 100 bilhões de dólares em tecidos e roupas por ano. Mais da metade desse volume vem da China e de outros países asiáticos.
Com as novas taxas impostas por Trump, é esperada uma queda bilionária nas importações.
Isso deve levar países uma vez que China, Vietnã e Bangladesh a buscarem novos mercados para seus produtos manufaturados.
Um dos destinos possíveis desses produtos é o Brasil, o que acende um alerta para os produtores nacionais.
“Tem um copo que é mais vazio do que referto no limitado prazo e nós temos que tomar todas as medidas necessárias para preservar um parque produtivo que emprega mais de um milhão e trezentas milénio pessoas”, alerta Fernando Pimentel, diretor da Associação Brasileira da Indústria Têxtil.
O presidente Lula deve sancionar, na próxima semana, a Lei da Reciprocidade, que prevê retaliações em casos uma vez que esse.
Mesmo assim, o governo brasiliano ainda procura saídas e segue em negociação com interlocutores da gestão Trump. A intenção é agir com cautela e evitar efeitos colaterais de um provável contragolpe aos americanos.
“A gente deve retaliar ou não? Eu acho que, em princípio, não. Se a gente for retaliar, temos que ter muita perspicuidade do que que vai fazer e das consequências disso, não só para eles, mas para a gente. Imagine que eu retalie e diga o seguinte: agora a peça de coche vai remunerar 100% de imposto.
O preço do coche no Brasil, que já é dispendioso, vai explodir”, explica William Baghdassarian, professor de economia do Ibmec.
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