Talvez o vista mais chocante da decisão que condenou a cabeleireira Débora a 14 anos de prisão seja o trecho que transforma a pouquidade de mensagens incriminadoras em seu celular em prova contra ela (veja ao final do texto) — ou seja, a falta de evidências se torna, por si só, uma evidência.
A perícia do aparelho aponta “indícios” de que mensagens poderiam ter sido deletadas, enquanto o relator alega com certeza que ela teria ocultado provas. Ainda que isso fosse verdade, há um princípio universal de Justiça que assegura a todo réu o recta de não produzir provas contra si mesmo.
Para a Justiça brasileira, porém, parece que tal princípio não é mais válido.
Leandro Ruschel.
Confira:
Leandro Ruschel. Jornal da cidade
https://www.jornalbrasilonline.com.br/2025/03/o-trecho-mais-vil-do-voto-de-xandao.html/Manadeira/Créditos -> JORNAL BRASIL ONLINE