Um manifesto de repúdio à fala do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre a atuação da polícia no Brasil foi emitido, nesta quinta-feira (20), pelas seis principais instituições que coordenam o corpo policial no país, além de negar escora à PEC da Segurança, defendida pelo director da pasta.
Na última quarta-feira (19), Lewandowski rebateu críticas sobre o papel do Judiciário e mencionou que o Poder é obrigado a soltar detidos porque a polícia executa as prisões de forma equivocada.
“É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou proferir o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, pontuou o ministro ao falar sobre o impacto da PEC da Segurança Pública nos setores de transacção e serviços.
O manifesto classificou o director da pasta da Justiça porquê “absolutamente alheio e desconhecedor da verdade institucional das forças policiais”, e que seria alguém desqualificado para tratar da segurança pública.
“As declarações estereotipadas, do ministro Ricardo Lewandowski, revelam a totalidade inação e falência da política vernáculo de segurança pública do governo, que desconsidera vários (bons) programas da gestão anterior e alavanca uma estável polarização política e tensões com as instituições policiais do Brasil”, diz o enviado, que também adiciona que os comentários “ofendem indelevelmente” a honra dos agentes brasileiros.
As instituições também convidaram o ministro Ricardo Lewandowski para uma visitante pedagógica ao mausoléu dos policiais mortos em serviço no estado de São Paulo.
“Ou que compareça a enterros de policiais, quase que diariamente mortos em decorrência do função, para refletir um pouco mais antes de fazer declarações infelizes, que ofendem a honra e a história das instituições policiais e de seus integrantes, que garantem a tranquilidade social e a governabilidade do país”, afirmaram no manifesto.
“Demais, novamente reiteramos, à sociedade brasileira e à classe política, que a intitulada “PEC da Segurança Pública”, tão defendida pelo sr. ministro da Justiça e Segurança Pública porquê “a marca de sua gestão”, não tem qualquer escora das entidades representativas das categorias policiais que subscrevem leste manifesto, por ser redundante, inepta e gerar mais problemas institucionais, além de desviar a atenção dos reais problemas da segurança pública no Brasil – notadamente decorrentes da inação do Estado brasiliano em executar a própria legislação em vigor e efetivar políticas públicas transversais.”
Manifesto assinado pela FENEME, ANERMB, ADEPOL DO BRASIL, FENADEPOL, FENDEPOL e AMEBRASIL
Em nota divulgada nesta quinta-feira (20), o Ministério da Justiça afirma que a revelação ocorreu em um contexto da falta de integração das informações das polícias e as audiências de custódia: “há uma dificuldade de troca de informações entre as forças de segurança do país e o Poder Judiciário”.
Intitulado “Manifesto à Região”, o documento foi assinado pelas seguintes entidades:
- FENEME – Federação Vernáculo de Entidades de Oficiais Militares Estaduais
- ANERMB – Associação Vernáculo de Entidades Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares
- ADEPOL DO BRASIL – Associação dos Delegados de Polícia do Brasil
- FENADEPOL – Federação Vernáculo dos Delegados de Polícia Federalista
- FENDEPOL – Federação Vernáculo dos Delegados de Polícia Social
- AMEBRASIL – Associação dos Militares Estaduais do Brasil
https://agoranoticiasbrasil.com.br/2025/03/instituicoes-da-policia-militar-repudiam-fala-de-lewandowski-em-manifesto/ / Natividade/Créditos -> Agora Noticias Brasil