A Defensoria Pública da União (DPU) procura um pacto com a Procuradoria-Universal da República (PGR) para o caso de Flávio Soldani, morador de rua de 58 anos, recluso posteriormente os eventos de 8 de janeiro. Sem envolvimento político, Soldani frequentava os acampamentos montados nos periferia do Quartel-General do Tropa, em Brasília, somente para consumir e dormir.
Retido no dia 9 de janeiro, ele permaneceu 11 dias na Papuda antes de ser liberado com restrições. No entanto, por não ter endereço fixo e enfrentar dificuldades para carregar sua tornozeleira eletrônica, foi novamente recluso em São Paulo, no último dia 16, posteriormente uma denúncia anônima.
Agora, a DPU tenta negociar os termos do Tratado de Não Persecução Penal (ANPP), que prevê a confissão de crimes, participação em um “curso da democracia”, trabalho comunitário e pagamento de multa, que pode chegar a R$ 5 milénio. Diante disso, Soldani questiona: “Não tenho verba para consumir, porquê vou remunerar multa?”.
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Prisão em São Paulo Depois Denúncia Anônima
Na tentativa de reconstruir sua vida, Soldani esteve em uma sintoma pela anistia na Avenida Paulista, esperando encontrar uma oportunidade de trabalho. No entanto, um policial o abordou posteriormente receber uma denúncia anônima e constatou que havia um mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federalista (STF), sob a alegado de descumprimento de medidas cautelares.
Ao ser questionado, ele justificou: “Não tenho endereço fixo, por morar na rua”. Sobre a tornozeleira eletrônica, explicou que o equipamento apresentava problemas, dificultando até mesmo ser onusto na tomada.
Durante audiência com um juiz facilitar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Soldani relatou estar fisicamente debilitado, tendo perdido 14 quilos desde sua prisão.
Pedido para Permanecer na Carceragem da PF
Surpreendentemente, durante a audiência, Soldani pediu para continuar recluso na carceragem da Polícia Federalista (PF), em São Paulo.
“Sinceramente, eu me conheço muito muito e temo pela minha segurança emocional e física se eu trespassar daqui para outro lugar”, declarou. “Eu não sei se o senhor me entende. Cá, eu me sinto relativamente tranquilo e muito. Em outro lugar, isso não vai ocorrer, e eu sei as consequências emocionais, psicológicas e físicas. Se conseguisse estender até a decisão do pacto, eu permanecer cá por uma questão da minha integridade física e emocional, eu agradeço.”
Diante do pedido, a DPU solicitou ao STF que Soldani permaneça impedido na PF até que o pacto com a PGR seja definido.
Quem é Flávio Soldani?
Nascido em São Paulo, Soldani já morou em diversos estados e trabalhou porquê recepcionista de hotel por 15 anos em Natal (RN). Ele também tem experiência porquê programador de computadores e possui dois filhos adultos, que vivem com a mãe.
Sem recursos, chegou a Brasília pegando caronas com caminhoneiros e acabou em situação de rua. Depois os eventos de 8 de janeiro, foi recluso e, desde logo, enfrenta dificuldades para se reintegrar à sociedade.
O caso evidencia a falta de critérios claros nas prisões relacionadas ao 8 de janeiro, levando até mesmo pessoas em vulnerabilidade extrema a enfrentarem processos penais rigorosos.
Natividade/Créditos: Contra Fatos
Créditos (Imagem de revestimento): Reprodução
https://www.aliadosbrasiloficial.com.br/noticia/o-drama-de-um-morador-de-rua-preso-pelo-8-1-nao-tenho-dinheiro-para-comer-como-vou-pagar-multa/Natividade/Créditos -> Aliados Brasil Solene