Presidente Donald Trump anunciou, via Truth Social, que os Estados Unidos imporão uma tarifa de 200% sobre vinhos, champanhes e outros produtos alcoólicos da UE se o conjunto não suspender imediatamente sua tarifa de 50% sobre uísque americano. A prenúncio veio horas posteriormente a UE confirmar, em 12 de março, a imposição de tarifas retaliatórias de até 50% sobre produtos americanos, incluindo uísque, em resposta às tarifas americanas de 25% sobre aço e alumínio, iniciadas em 12 de março.
Trump classificou a UE uma vez que uma das “autoridades mais hostis e abusivas em taxação e tarifas” e disse que a medida beneficiaria a indústria de vinhos e champanhes dos EUA. A tarifa da UE está programada para entrar em vigor em 1º de abril de 2025. A escalada reflete a intensificação de uma guerra mercantil iniciada por Trump contra aliados tradicionais.
A reação da UE às tarifas de aço e alumínio inclui medidas no valor de 26 bilhões de euros (murado de 28 bilhões de dólares), afetando produtos uma vez que bourbon, motocicletas Harley-Davidson e suco de laranja, visando pressionar os EUA a negociar.
Apesar disso, Trump manteve-se firme em sua política protecionista, afirmando em encontro com o Secretário-Universal da OTAN, Mark Rutte, que não recuará das tarifas recíprocas planejadas para 2 de abril. A UE, por sua vez, expressou lhaneza para negociações, com a presidente da Percentagem Europeia, Ursula von der Leyen, destacando que tarifas são “ruins para os negócios e piores para os consumidores”.
O setor de bebidas alcoólicas, principalmente o uísque americano, teme perdas significativas, já que a UE representa 40% de suas exportações, segundo o Distilled Spirits Council. A prenúncio de Trump pode sublevar os preços de vinhos europeus nos EUA, afetando consumidores e importadores.
O impacto econômico da guerra mercantil preocupa mercados globais, com quedas nas ações de empresas europeias de bebidas, uma vez que Pernod Ricard e LVMH, e incertezas para produtores americanos de uísque, que já sofreram com tarifas retaliatórias em 2018, quando exportações para a UE caíram 20%.
O governo Trump defende que as tarifas protegerão a indústria americana, mas economistas alertam que elas podem aumentar custos para consumidores e prejudicar cadeias de suprimentos globais. A França, maior exportadora de vinhos para os EUA, seria particularmente afetada por uma tarifa de 200%, que praticamente eliminaria sua competitividade no mercado americano.
Enquanto isso, a UE planeja uma resposta coordenada, com o ministro gálico do Transacção, Laurent Saint-Martin, afirmando que o conjunto “não cederá a ameaças”. O desfecho dependerá de negociações nas próximas semanas, mas a postura de Trump sinaliza uma novidade temporada de tensões comerciais transatlânticas.
https://www.jornalbrasilonline.com.br/2025/03/trump-mostra-que-nao-esta-para.html/Nascente/Créditos -> JORNAL BRASIL ONLINE