O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recuou e decidiu nesta quarta-feira (12) não interferir nos chamados “intervalos bíblicos” realizados por estudantes em escolas estaduais.
O material foi objectivo inicial do deputado Renato Antunes, do PL-PE, que tratou o caso uma vez que perseguição religiosa e violação à livre sintoma de crença e da livre realização de frase e pensamento.
Relembre o caso
O MPPE abriu um Procedimento Administrativo para investigar a realização de encontros religiosos dentro das escolas públicas de Goiana (PE), em seguida denúncias do Sindicato dos Trabalhadores em Instrução de Pernambuco (SINTEPE). A entidade alegava que os intervalos bíblicos configurariam o uso inadequado de espaços públicos para fins religiosos e poderiam comprometer a laicidade do Estado.
A vice-presidente do SINTEPE, Cíntia Virgínia Sales, afirmou que não se tratava de questionar o ensino religioso, mas sim a realização de cultos evangélicos sem a participação de outras religiões ou supervisão pedagógica. A assessora jurídica do sindicato, Andrielly Gutierres Silva, reforçou a posição, defendendo uma normatização para evitar a predominância de uma única crença nas escolas.
Com as denúncias, o MPPE firmou metas com a SEE-PE e o SINTEPE para identificar quais escolas promoviam os encontros religiosos e repartir materiais sobre o ensino religioso.
Desistência
Logo em seguida as audiências públicas e a repercussão do caso, no entanto, o MPPE decidiu não fabricar regras para os intervalos bíblicos e não interferir na sintoma religiosa dos estudantes.
Em reação, a Associação Pátrio de Juristas Evangélicos (ANAJURE) celebrou a decisão. O Instituto Brasílio de Recta e Religião (IBDR), que participou das discussões e apresentou pareceres jurídicos ao MPPE, também celebrou.
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