A nomeação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para o função de ministra das Relações Institucionais gerou potente impacto negativo no mercado financeiro nesta sexta-feira (28). O dólar disparou e a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) entrou em queda acentuada, refletindo a preocupação dos investidores com a novidade constituição do governo.
Por volta das 13h, quando o Palácio do Planalto confirmou a nomeação de Hoffmann, o Ibovespa começou a desabar rapidamente, atingindo 122 milénio pontos. Às 15h30, o principal índice da Bolsa registrava uma queda de 1,70%, enquanto o dólar subia quase 1%, sendo cotado a R$ 5,90.
Mercado reage mal à escolha de Hoffmann
Gleisi Hoffmann substituirá Alexandre Padilha, que foi nomeado ministro da Saúde no lugar de Nísia Trindade. O mercado já esperava a mudança no comando da fala política do governo com o Congresso, mas a escolha de Hoffmann gerou potente preocupação entre investidores e agentes econômicos.
A presidente do PT é vista por setores do mercado uma vez que uma figura excessivamente radical, o que pode dificultar negociações políticas e econômicas com o Congresso. A nomeação aumenta a incerteza sobre a capacidade do governo de continuar em pautas econômicas consideradas prioritárias.
Rumores sobre Haddad também abalam crédito
Além da indicação de Hoffmann, a semana foi marcada por rumores sobre uma provável saída do ministro da Herdade, Fernando Haddad, o que provocou novas turbulências no mercado.
Haddad e o ministro-chefe da Moradia Social, Rui Costa, têm protagonizado embates internos no governo devido a divergências sobre a transporte da política econômica. A possibilidade de mudanças no comando da economia preocupa investidores, que temem um aumento da interferência política na agenda fiscal.
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