Em novembro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federalista (STF), ordenou que os telefones de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), fossem grampeados. A decisão ocorreu em seguida a Polícia Federalista (PF) identificar omissões no entendimento de colaboração firmado por Cid.
Além da interceptação telefônica, Moraes determinou que a PF monitorasse as visitas recebidas por ele, garantindo que não houvesse interferências externas antes de uma audiência em que Cid deveria esclarecer as lacunas apontadas pelos investigadores.
A ordem judicial foi expedida em 19 de novembro de 2024, no mesmo dia em que Cid prestou um prova à PF. Durante o interrogatório, os agentes identificaram possíveis contradições em seu relato. Conforme registrado na decisão do STF, “a poder policial, consignando que o cotejo dos elementos probatórios identificados revela que o colaborador omitiu informações relevantes para o justificação dos fatos investigados, em tentativa de minimizar a sisudez dos fatos, submeteu o caso à avaliação desta Suprema Galanteio”.
De entendimento com um relatório enviado pela PF ao STF, a investigação revelou um suposto projecto chamado “Punhal Virente e Amarelo”, tal qual objetivo seria notar contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio ministro Moraes.
A corporação também afirmou ter identificado ações de monitoramento contra Moraes. No entanto, segundo os autos, Cid não teria sido transparente sobre tais informações.
O ex-ajudante de ordens negou qualquer envolvimento com planejamentos ou ações clandestinas que visassem à concretização de um golpe de Estado.
Ele também afirmou que nas reuniões dos dias 12 e 28 de novembro de 2022 não houve discussões sobre a derrubada do governo, exclusivamente manifestações de insatisfação com o cenário político do país.
No entanto, as investigações apontaram que os militares Rafael Martins de Oliveira e Hélio Ferreira Lima, presentes nesses encontros, tiveram papel relevante na organização e planejamento de ações voltadas para um golpe. A PF identificou trocas de mensagens entre eles e Cid, o que, segundo os investigadores, demonstra que ele tinha conhecimento das atividades em curso.
Cid também negou ter sido procurado por qualquer investigado em procura de informações sobre seu entendimento de colaboração ou sobre o que a Polícia Federalista já havia desvelado.
Diante das inconsistências apontadas, uma novidade oitiva de Cid foi marcada para 21 de novembro de 2024. Para certificar que os esclarecimentos fossem prestados sem interferências externas, Moraes autorizou o monitoramento das visitas e das comunicações telefônicas do ex-ajudante de ordens até a realização da audiência.
“Determino que a poder policial responsável pelas investigações relacionadas a Pet 12.100/DF e Pet 13.236/DF proceda ao monitoramento, até a realização da audiência designada: A) das visitas presenciais que sejam realizadas ao colaborador; B) das linhas de telefones fixo e traste relacionadas a ele, que deverão ser identificadas pela poder policial”, registrou Moraes em sua decisão.
O ministro também comunicou operadoras de telefonia, porquê Vivo, Simples, Tim e Oi, autorizando que os policiais federais envolvidos no caso requisitassem dados cadastrais e acessassem os sistemas necessários para as investigações.
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