O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17), em entrevista à rádio Tupi FM, que as cobranças por incisão de gastos públicos em seu governo são “uma bobagem”. O petista minimizou as preocupações com o déficit fiscal, argumentando que a discussão sobre as contas públicas em 2024 foi exagerada, já que o déficit primitivo registrado foi de R$ 11 bilhões, o equivalente a 0,09% do PIB.
Lula repetiu o argumento de que esse número é pequeno diante do tamanho da economia brasileira e criticou analistas que alertam sobre descontrole fiscal, afirmando que “querem viver de especulação”.
“Quando eu vejo alguns setores, alguns especialistas falarem de déficit fiscal, de gasto do governo, ele tá sendo irresponsável, possivelmente ele queira viver de especulação”, declarou o presidente.
Déficit primitivo e novos cálculos do governo
O operação apresentado por Lula considera descontos do novo busto fiscal, que excluem despesas com enchentes no Rio Grande do Sul, incêndios no Pantanal e na Amazônia e repasses ao Judiciário e ao CNMP. Sem esses ajustes, o déficit primitivo real teria sido de R$ 43 bilhões, equivalente a 0,36% do PIB.
Resguardo da política econômica e críticas ao ajuste fiscal
Lula também saiu em resguardo do ministro da Herdade, Fernando Haddad, que tem sido pressionado a apresentar medidas para lastrar as contas públicas e executar a meta de déficit zero em 2025. O presidente afirmou que ele próprio está comprometido com a responsabilidade fiscal, mas que não aceitará medidas que penalizem a população mais pobre.
“Se tem alguém neste país que quer cuidar corretamente da economia é o ministro Fernando Haddad. Se tem uma pessoa que quer cuidar do déficit fiscal zero sou eu. Mas a gente não vai ser irresponsável de fazer o povo pobre se sacrificar”, acrescentou.
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