Durante uma cerimônia em Belém (PA) em 17 de fevereiro de 2025, Lula afirmou que o botijão de gás sai da Petrobras por R$ 35 a R$ 40 e chega ao consumidor custando até R$ 140, dependendo do estado, devido ao ICMS cobrado pelos governadores. Ele sugeriu que o povo deveria “saber quem xingar” e que a Petrobras não tem culpa pelos preços altos. Essa enunciação simplifica excessivamente a constituição do preço do gás e omite fatores significativos sob controle da Petrobras e da masmorra de distribuição. A culpa não pode ser atribuída somente aos governadores, uma vez que Lula insinua.
O preço do botijão de gás é formado por vários componentes: o dispêndio de produção da Petrobras, as margens de lucro das distribuidoras e revendedoras, e o ICMS estadual. Em 2024, o preço médio de realização da Petrobras para o GLP (gás liquefeito de petróleo) foi de tapume de R$ 45 por botijão de 13 kg, conforme dados históricos, não R$ 35 uma vez que Lula afirmou. Esse valor sobe com os custos de transporte, armazenamento e as margens das empresas privadas, que representam uma segmento significativa do preço final. O ICMS, que varia entre 12% e 18%, é somente um dos fatores, e não o único responsável pelo aumento.
A política de preços da Petrobras, que desde 2016 seguia a paridade internacional do petróleo (PPI) e foi ajustada em 2023 para um padrão híbrido sob Lula, também influencia o dispêndio inicial do gás.
Mesmo com a mudança, a Petrobras mantém preços alinhados ao mercado global, o que eleva o valor base antes mesmo da emprego do ICMS. Lula omite que o governo federalista, uma vez que controlador da Petrobras, tem poder para subsidiar ou ajustar esses preços, uma vez que prometeu em campanha, mas não implementou plenamente. Culpar somente os governadores ignora essa responsabilidade federalista.
As margens de lucro das distribuidoras e revendedoras, que operam entre a Petrobras e o consumidor, frequentemente dobram ou triplicam o preço inicial do gás.
Por exemplo, em estados uma vez que São Paulo, o botijão pode custar R$ 120, enquanto em regiões mais remotas, uma vez que o Setentrião, chega a R$ 140 ou mais, mesmo com ICMS semelhante. Isso ocorre devido a custos logísticos e lucros das empresas privadas, sobre os quais o governo federalista poderia treinar maior regulação. Ao focar somente no ICMS, Lula distorce a veras e desvia a atenção de outros elos da masmorra que ele poderia influenciar.
Lula já prometeu reduzir o preço do gás para tapume de R$ 70 em 2023 e anunciou o programa “Gás pra Todos” em 2024, que prevê gás gratuito para 22 milhões de famílias a partir de abril de 2025. No entanto, essas promessas não foram cumpridas até agora, e o preço médio do botijão permanece supra de R$ 100, segundo a Dependência Vernáculo do Petróleo (ANP).
Ao culpar os governadores, ele transfere a responsabilidade por uma promessa não realizada, ignorando que o governo federalista tem ferramentas para baratear o gás, uma vez que subsídios ou redução das margens das distribuidoras, mas não as utilizou efetivamente.
Portanto, Lula mente ao declarar que os governadores são os únicos responsáveis pelo preço do botijão, pois o ICMS é somente uma segmento do dispêndio final, enquanto a Petrobras, as distribuidoras e a política federalista também desempenham papéis cruciais. Sua enunciação é uma simplificação profíquo que omite a dificuldade da formação do preço e a responsabilidade compartilhada, incluindo a do próprio governo. Dados mostram que o preço da Petrobras, as margens privadas e a logística têm peso significativo, provando que culpar exclusivamente os governadores é uma distorção da veras para fins políticos.