O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou a criação da Força Municipal de Segurança. Corporação contará com efetivo de 4.200 agentes, que possivelmente serão contratados por concurso.
Um novo concurso para área de Segurança Pública pode estar vindo por aí. Isso porque o prefeito Eduardo Paes anunciou, em entrevista ao jornal O Globo, que nesta segunda-feira, dia 16, enviará à Câmara Municipal um projeto de lei criando a Força Municipal de Segurança do Rio.
Segundo o prefeito, o objetivo é que essa corporação tenha 4.200 guardas armados até 2028. Eduardo Paes não deu detalhes de como será feita a contratação desse pessoal, mas tudo indica que isso acontecerá por meio de concurso público.
Como o objetivo é atingir o efetivo de 4.200 agentes até 2028, é possível que esse quantitativo possa ser preenchido até por mais de um concurso. Sendo assim, o primeiro edital não necessariamente trará todo esse quantitativo de vagas.
Eduardo Paes deu a entender que, inicialmente, serão contratados 600 agentes, para iniciarem as atividades no primeiro semestre de 2026. “Serão 600 homens no primeiro semetre, isso não é nenhum exagero numa cidade como o Rio”, disse ao jornal o Globo.
Os requisitos para se tornar um agente da Força Municipal de Segurança do Rio, os salários, atribuições, forma de contratação e etapas de seleção deverão estar especificados no projeto de lei que será encaminhado para a Câmara Municipal.
A reportagem da DEGRAU CULTURAL já entrou em contato com a Prefeitura do Rio de Janeiro para saber se as vagas serão preenchidas por meio de concurso, bem como quais serão os requisitos e salários da carreira de agente. No entanto, no que tange à remuneração, há informação de que deve girar em torno de R$13 mil.
O objetivo da criação da Força Municipal de Segurança do Rio é fazer com que a Prefeitura do Rio de Janeiro se torne um ator mais ativo na área de Segurança Púbica no Brasil.
Força atuará em caráter preventivo e comunitário
Segundo Eduardo Paes, os agentes da Força Municipal de Segurança do Rio vão reforçar a segurança ostensiva em áreas com alta incidência de crimes, em especial os roubos de rua, tais como de veículos e celulares.
O prefeito informou que essa corporação não vai atuar no combate a organizações criminosas, com tráfico de drogas e milícia, mas, sim, de forma complementar às forças estaduais. Segundo Eduardo Paes, ela terá um caráter preventivo e comunitário.
Ele garantiu que a Força Municipal de Segurança do Rio não vai assumir funções que são executadas pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PM RJ) e a Polícia Civil RJ. “A ideia é que a prefeitura possa auxiliar a Polícia Civil, mas as investigações continuarão sendo de responsabilidade do estado”, explicou Eduardo Paes, em entrevista ao jornal O Globo.
O anúncio da Força Municipal de Segurança do Rio vem após o governador Cláudio Castro criticar uma participação mais ativa da prefeitura no combate à violência no estado.
Ele citou, por exemplo, que vem realizando concursos para as forças de segurança, enquanto a Prefeiura do Rio de Janeiro, por exemplo, não reforça o quadro de pessoal da Guarda Municipal.
“Eu já chamei mais de 5 mil policiais, comprei mais de 3 mil viaturas. Quantos guardas municipais novos tem de 2021 para cá? Quantas viaturas e tasers a Guarda Municipal tem?”, questionou o governador em recente entrevista em um podcast.
Caso se confirme a abertura de concurso para a Força Municipal de Segurança do Rio, a tendência é que a contratação ocorra pelo regime estatutário (garantia de estabilidade).