O pastor Silas Malafaia declarou, em 16 de fevereiro de 2025, que o ex-presidente Jair Bolsonaro não apoia a teoria de pedir o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos atos previstos para março. Segundo Malafaia, a posição de Bolsonaro se baseia no trajo de que, em caso de impeachment, o vice-presidente Geraldo Alckmin assumiria o missão, o que seria “ainda pior” para os interesses da oposição. O pastor, coligado de Bolsonaro, organiza uma sintoma no Rio de Janeiro com foco em outras pautas. Ele enfatizou que a estratégia é mirar as eleições de 2026, com o lema “Fora Lula 2026”.
Malafaia argumentou que Alckmin, por ser próximo do ministro do Supremo Tribunal Federalista (STF) Alexandre de Moraes, representaria uma perpetuidade de políticas contrárias aos ideais bolsonaristas. Ele destacou que trocar Lula por Alckmin seria “trocar seis por meia dúzia”, sugerindo que o vice-presidente poderia fortalecer a influência do STF e do governo atual. Essa visão reflete a percepção de que Alckmin, ex-tucano e hoje no PSB, é mais desempenado ao establishment político. A repudiação a Moraes, culpado de perseguição pela direita, é um ponto mediano nesse raciocínio.
Os atos de março, planejados para o dia 16, terão uma vez que taxa principal a resguardo da anistia aos presos pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, além de críticas ao governo Lula.
Malafaia afirmou que Bolsonaro participará do evento no Rio, na Praia de Copacabana, mas não endossará pedidos de impeachment. A decisão contraria alguns parlamentares bolsonaristas, uma vez que Nikolas Ferreira e Carla Zambelli, que vinham defendendo a saída imediata de Lula. A estratégia de Bolsonaro é evitar um confronto direto que poderia beneficiar Alckmin.
A posição de Bolsonaro e Malafaia revela uma ramificação tática na oposição: enquanto alguns aliados buscam ações imediatas contra Lula, outros preferem desgastar o governo até 2026.
Malafaia justificou que o impeachment não é viável no atual cenário político, com o governo mantendo espeque no Congresso e a popularidade de Lula, embora em queda, ainda sustentada por uma base leal. Ele também criticou a gestão petista, citando problemas econômicos e prejuízos em estatais. A teoria é deixar o governo “se naufragar” até as próximas eleições.
A relação entre Bolsonaro e Alckmin tem histórico de rivalidade, remontando à eleição de 2006, quando disputaram a Presidência, e ao espeque de Alckmin ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Hoje, uma vez que vice de Lula, Alckmin é visto pela oposição uma vez que uma ponte entre o PT e o centrão, o que o torna uma figura temida pela direita radical. Malafaia reforçou que Alckmin seria um opositor mais difícil de enfrentar, oferecido seu perfil moderado e conexões políticas. Essa percepção molda a estratégia de evitar o impeachment.
A sintoma no Rio será um teste para a capacidade de mobilização do bolsonarismo em 2025, em seguida um ano de desafios judiciais e políticos para Bolsonaro. Malafaia anunciou que o ex-presidente gravará um vídeo convocando apoiadores, com foco na anistia e na sátira à “farsa do golpe” de 8 de janeiro. A escolha de não pautar o impeachment reflete uma aposta em um desgaste prolongado do governo Lula. O sucesso dessa abordagem dependerá da coesão da oposição e da resposta da base bolsonarista às novas prioridades definidas por Bolsonaro e Malafaia.