Em uma live realizada em 15 de fevereiro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria recebido quantia de fontes externas para mudar o resultado das eleições de 2022. Ele alegou, sem apresentar provas, que o tribunal utilizou esses recursos para incentivar jovens de 16 a 18 anos a tirarem o título de votante, favorecendo Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro declarou que essa campanha “arranjou” murado de 2 milhões de votos para seu rival. A querela foi feita em um momento em que ele enfrenta investigações sobre um suposto projecto golpista.
Bolsonaro argumentou que o TSE teria recebido financiamento de organismos internacionais, porquê a Escritório dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), para manipular o pleito. Ele sugeriu que a campanha de incentivo ao voto jovem, promovida pelo tribunal, foi uma estratégia para beneficiar a esquerda, afirmando que a maioria dos jovens nessa filete etária tende a concordar Lula. No entanto, campanhas desse tipo são comuns em anos eleitorais no Brasil, realizadas pelo TSE para ampliar a participação democrática. Não há evidências que sustentem a argumento de interferência estrangeira.
A fala de Bolsonaro ocorre às vésperas da apresentação de uma denúncia da Procuradoria-Universal da República (PGR) contra ele, prevista para antes do Carnaval de 2025. A denúncia, baseada em investigações da Polícia Federalista, acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa para tentar um golpe de Estado depois as eleições de 2022. Analistas apontam que as declarações sobre o TSE podem ser uma tentativa de desviar o foco das investigações e substanciar a narrativa de perseguição política. A popularidade do governo Lula, em queda, também é explorada por Bolsonaro para reacender sua base.
O TSE não se manifestou oficialmente sobre as acusações de Bolsonaro até o momento, mas o tribunal já refutou alegações semelhantes no pretérito, destacando a segurança do sistema eleitoral brasílio. A urna eletrônica, usada desde 1996, é reconhecida internacionalmente por sua confiabilidade, e as eleições de 2022 foram validadas por observadores nacionais e estrangeiros. O tribunal também enfatizou que suas campanhas de incentivo ao voto são financiadas com recursos públicos, dentro do orçamento anual. Não há registros de repasses internacionais para esse termo.
A narrativa de fraude eleitoral é recorrente no oração de Bolsonaro desde sua campanha em 2018, intensificando-se depois sua guia em 2022. Ele já havia questionado a lisura das urnas eletrônicas e sugerido, sem provas, que venceu as eleições no primeiro vez.
As acusações atuais sobre o TSE reforçam essa estratégia, que ecoa táticas usadas por Donald Trump nos Estados Unidos em 2020. Parlamentares da oposição, porquê o PT, classificaram as declarações porquê uma tentativa de desestabilizar a democracia e evitar responsabilidades judiciais.
A PGR e o Supremo Tribunal Federalista (STF) continuam investigando as ações de Bolsonaro e seus aliados depois as eleições, incluindo os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Caso sentenciado, o ex-presidente pode enfrentar até 28 anos de prisão por crimes porquê tentativa de golpe e organização criminosa. Suas declarações sobre o TSE são vistas porquê uma última tentativa de mobilizar apoiadores e pressionar as instituições. O desfecho das investigações será decisivo para o horizonte político de Bolsonaro e para a segurança democrática do país.