Em um vídeo gravado no mês pretérito, mas que voltou a repercutir nos últimos dias, a empresária Marisa Granchelli, de Holambra (SP), desabafa sobre as dificuldades que enfrenta para encontrar mão de obra em sua floricultura, a R.M. Flores.
Com quase 60 anos, a empresária revelou que trabalha até altas horas para indemnizar a falta de funcionários. Um problema que, segundo ela, não se restringe somente ao setor de floricultura, mas afeta diversas áreas do mercado de trabalho.
Marisa, que produz violetas, fitônias e peperônias para uma cooperativa que abastece todo o Brasil, compartilhou sua frustração ao não conseguir contratar pessoas dispostas a trabalhar de forma registrada. De convénio com ela, isso se deve a benefícios sociais pagos pelo poder público.
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“A gente não acha ninguém para trabalhar”, lamentou a empresária no vídeo, que conta com mais de 130 milénio visualizações somente no perfil da R.M. Flores no Instagram. “Porque a maioria já tem qualquer tipo de auxílio do governo e elas não querem ser registradas para não perder esse auxílio.”
Ela acredita que essa situação é generalizada e não se limita à sua região. “Estou vendo aí que não é só o caso nosso cá de Holambra, de produtores de flores”, disse. “Está no modo universal, é muito grande em todas as áreas.”
Geração Z é difícil de mourejar, diz empresária
A empresária também destacou os desafios de mourejar com funcionários mais jovens, que, segundo ela, se sentem ofendidos com qualquer tipo de feedback. “Quando contrata alguém mais jovem, a gente não pode falar mais zero, porque elas acham que estamos ofendendo.”
Marisa aproveitou o desabafo para fazer um apelo a pessoas mais velhas, que estejam em boa saúde, mesmo que já aposentadas, para que considerem trabalhar em sua empresa. “Quem quiser, de 60, 70 anos, estiver com uma boa saúde, mesmo que você esteja jubilado por recta, você pode vir procurar cá a R.M. Flores.”
Aliás, ela alertou aqueles que dependem de auxílios governamentais e evitam empregos formais. “Desvelo, pessoal, quem está se iludindo porque ganha qualquer tipo de bolsa do governo e acha que está sendo muito bom”, afirmou. “Lamento informar que daqui uns anos vocês vão se arrepender, porque não vão conseguir se reformar.”
Marisa encerra o vídeo com um chamado à reflexão sobre a premência de valorizar o trabalho e buscar melhores condições de vida. “Chega, gente, chega de querer lucrar salário-miséria, né?”, indaga. “Vamos progredir juntos, não é verdade?”
O desabafo de Marisa reflete um cenário preocupante no mercado de trabalho brasílio, onde a falta de mão de obra interessada e a submissão de benefícios sociais impactam diretamente os pequenos e médios empresários.
As informações são da Revista Oeste