Em um editorial publicado nesta quarta-feira (12), o jornal O Estado de São Paulo falou sobre o recente incidente em que o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Inópia, Wellington Dias, foi desmentido pela Morada Social ao reportar a possibilidade de reajuste do Bolsa Família. No texto, o veículo disse que o ocorrido “é sintoma de um governo que bate cabeça”.
– Na procura por soluções milagrosas que, ao mesmo tempo, façam sumir os efeitos deletérios da inflação e resgatem a popularidade perdida pelo presidente Lula da Silva, ideias surgem em profusão. Mas, uma vez que não existe milagre para recolocar a economia nos trilhos, o resultado é, quase sempre, desastroso. Foi levante o caso, mais uma vez – destacou o Estadão.
No item opinativo, o jornal também disse que, apesar da negativa do governo sobre a realização de discussões relacionadas ao reajuste do mercê, “não parece inverossímil que o objecto tenha sido, de veste, posto à mesa”, já que a medida provisória que recriou o “novo Bolsa Família”, em março de 2023, fixava um prazo de dois anos para reajustar os valores do programa.
O veículo diz ainda que não há lógica em enaltecer o mercê para combater a inflação, e que, na verdade, o que a gestão federalista deveria fazer é “lastrar o Orçamento público, sem artifícios ou espertezas, uma vez que tem sido visto no expurgo de gastos de políticas expansionistas da contabilidade federalista”.
O editorial encerra declarando que a confusão criada por Dias, cuja fala provocou queda na Bolsa e aumento do dólar, não se instalou pelo teor do que ele disse, mas por ter proferido a fala publicamente. Com um tom pessimista, o jornal disse crer que essa não será a última vez em que o governo “cometerá trapalhadas” movido pelo ímpeto da reeleição de Lula (PT)…..continue lendo