Em um movimento inesperado, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, defendeu publicamente a revogação da Lei da Ficha Limpa. Em um vídeo postado em suas redes sociais no dia 7 de fevereiro de 2025, Bolsonaro afirmou que a legislação, criada para evitar que políticos condenados disputem eleições, tem sido usada para “perseguir políticos de direita”.
Bolsonaro argumentou que, apesar de ter votado em prol da Lei da Ficha Limpa quando era deputado federalista, a emprego atual da lei não é justa. Ele mencionou que os políticos da esquerda, uma vez que a ex-presidente Dilma Rousseff e o atual presidente Lula, não foram níveo da mesma forma que ele e outros políticos de direita. “Essa lei serve exclusivamente para isso, para perseguir a direita. Ponto final”, declarou Bolsonaro, afirmando ser “radical” na resguardo de sua revogação.
A sátira de Bolsonaro vem em um contexto onde ele e seus aliados estão tentando volver sua inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030 por ataque de poder político e uso indevido dos meios de notícia. A Lei da Ficha Limpa é vista por muitos uma vez que um mecanismo importante para combater a depravação na política, mas Bolsonaro alega que ela tem sido distorcida para fins políticos.
Ele também citou o caso de Luciano Hang, proprietário das Lojas Havan, que foi considerado inelegível pelo TSE, apesar de não ter se candidatado a nenhum função, uma vez que um exemplo do que ele considera perseguição.
A resguardo de Bolsonaro pela revogação da Lei da Ficha Limpa coincide com projetos de lei apresentados por parlamentares do PL, seu partido, que propõem reduzir o período de inelegibilidade de 8 para 2 anos, o que poderia beneficiar diretamente Bolsonaro.
Esta resguardo da revogação da lei por Bolsonaro é uma surpresa para muitos, oferecido seu histórico de esteio a medidas anticorrupção, e tem gerado debates intensos sobre a intenção e a moralidade de mudar uma legislação que foi amplamente apoiada pela população brasileira uma vez que uma forma de limpar a política.