Luiz Inácio Lula da Silva abordou a questão da subida dos preços dos víveres em uma entrevista concedida às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, na manhã de quinta-feira, dia 6 de fevereiro de 2025. Lula sugeriu uma estratégia de consumo consciente para ajudar a controlar os preços, afirmando que “uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo”. Ele aconselhou que, se os consumidores desconfiarem que um resultado está dispendioso, eles devem simplesmente não comprá-lo.
Lula argumentou que, se todos os brasileiros tivessem essa consciência e optassem por não comprar produtos com preços elevados, os comerciantes seriam forçados a reduzir os preços para vender seus estoques, sob o risco de os produtos estragarem. “Se você vai no supermercado e você desconfia que tal resultado está dispendioso, você não compra. Se todo mundo tivesse a consciência e não comprar aquilo que está dispendioso, quem está vendendo vai ter que encolher para vender, senão vai estragar”, disse o presidente. Ele enfatizou que essa abordagem é segmento de um “processo educacional” que a população brasileira precisa adotar.
Durante a entrevista, Lula também mencionou outras ações que o governo está tomando para combater a inflação dos víveres.
Ele afirmou que o governo está trabalhando incansavelmente para prometer que os preços nos supermercados baixem. O presidente mencionou reuniões planejadas com produtores de carnes e arroz para discutir medidas que possam baratear os víveres, indicando um esforço conjunto entre governo e setor produtivo para resolver o problema.
Ou por outra, Lula criticou a gestão anterior do Banco Meão, acusando-a de ser “totalmente irresponsável” por deixar uma “arapuca” com a elevação da taxa Selic, o que, segundo ele, contribuiu para o aumento dos preços. Ele reconheceu que a solução não pode ser imediata, mas defendeu que o governo está comprometido em encontrar alternativas para pacificar o impacto do dispêndio de vida sobre os trabalhadores.
A enunciação de Lula sobre a subida dos víveres foi recebida com diferentes reações, com alguns vendo na sugestão uma forma de empoderar o consumidor, enquanto outros questionaram a eficiência dessa abordagem em um contexto econômico mais vasto, onde outros fatores porquê a subida do dólar e questões climáticas também influenciam os preços dos víveres.
Lula defende ‘processo educacional’ da população sobre preço dos víveres e sugere compra de “similares”.
“Eu não posso comprar aquilo que eu acho que está sendo exagerado o preço. Eu compro amanhã, eu compro outra coisa, eu compro similar”
“Toma ai tua picanha passada na… pic.twitter.com/w5o44vRmaH
— Jornal da Direita Online 🇧🇷🇮🇱 (@JornalBrasilOn2) February 6, 2025