Um diretor e oito ex-executivos do Banco do Brasil (BB) terão de remunerar R$ 872 milénio a título de “taxa pecuniária” ao Banco Médio (BC) pela cobrança indevida de taxas e tarifas de clientes da instituição financeira. A medida consta no termo de compromisso assinado pelo BB com o BC, na segunda-feira (3/2).
Além desse valor, o Banco do Brasil comprometeu-se a entregar R$ 20,6 milhões aos clientes que eventualmente tenham sido prejudicados pelas cobranças (leia, inferior, nota da instituição financeira). O BC também impôs uma taxa pecuniária suplementar de R$ 3,75 milhões ao banco.
Com isso, somados os gastos com a reembolso das taxas e a taxa pecuniária do Banco do Brasil, o valor chega a R$ 24,3 milhões. O totalidade das contribuições pecuniárias (com gastos do BB e dos executivos) atinge R$ 4,622 milhões.
Executivos
De harmonia com o termo de compromisso, o prazo de quitação das contribuições pecuniárias é de 30 dias. Entre os que vão remunerar a medida, somente Pedro Bramanot, ocupa atualmente o missão de diretor do BB. Os outro oito indicados no documento são ex-executivos do banco.
Dois entre os ex-executivos receberam punições mais altas. Rogério Magno Panca terá de remunerar R$ 152 milénio e Edson Rogério da Costa, R$ 120 milénio. No caso dos demais, que incluem Fabiano Macanhan Fontes, Marco Túlio de Oliveira Mendonça, Daniela de Avelar Gonçalves, Raul Francisco Moreira e Rodrigo Felippe Afonso, além do diretor Bramanot, a quantia foi fixada em R$ 100 milénio.
O que diz o Banco do Brasil
No início da noite de quinta- feira (6/2), o BB divulgou a seguinte nota:
“O Banco do Brasil confirma a celebração do Termo de Compromisso junto ao Bacen, procedimento proativo adotado pelo BB que reafirma seu compromisso de atendimento de vantagem a seus clientes e informa que as questões já foram devidamente solucionadas.
“O Banco do Brasil esclarece que todos os clientes já foram ressarcidos e que o valor médio ressarcido era de R$ 14,00. Os procedimentos foram efetivados de forma proativa junto aos clientes que fazem jus, não sendo necessária nenhuma ação por segmento dos clientes.
“O BB destaca ainda que detém a melhor posição no ranking Bacen, entre as maiores instituições financeiras do país, há dez trimestres consecutivos, sendo, portanto, o banco menos reclamado dentre todos os grandes bancos.”