Posteriormente o desmoronamento da Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador (BA), causando a morte de um turista de 23 anos e deixando outras cinco pessoas feridas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não há recursos para manter os patrimônios tombados. O petista reclamou da falta de planejamento orçamentário para a manutenção, um tanto que, segundo ele, deveria ter sido pensado no momento do tombamento.
Na avaliação de Lula, esse problema resulta em prédios abandonados.
Precisamos rever isso e ter responsabilidade ao fazer um tombamento, visando sua manutenção. Caso contrário, vai ter muita coisa tombada no Brasil caindo – disse o presidente durante entrevista concedida nesta quinta-feira (6) às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.
Lula contou que acompanhou o ocorrido em Salvador e já instruiu autoridades federais, uma vez que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Vernáculo (Iphan) a irem à Bahia.
– Lamento pela queda da igreja. Toda minha solidariedade às pessoas vítimas desse incidente – disse o presidente em meio a críticas à falta de previsões orçamentárias para muitos dos prédios históricos tombados no país.
Lula tentou minimizar a culpa que possa recair sobre o Iphan quanto ao desabamento da igreja.
– O Iphan ia lá visitar, mas não deu tempo, o prédio caiu – disse.
Em nota, o órgão disse possuir um projeto para restaurar a igreja, mas não deu qualquer prazo para o início e desenlace.
Lula defendeu que todas as propostas de tombamentos precisam vir acompanhadas de orçamento para sua manutenção. Ele aproveitou a oportunidade para falar do 8 de janeiro ao reportar as dificuldades que teve para fazer as obras de recuperação na Rossio dos Três Poderes, em Brasília, em seguida os atos radicais.
– É tudo interminável. É tudo complicado. Quando a gente tomba, a gente está fazendo um gesto para humanidade, porque preservar a história e a cultura é maravilhoso. Mas depois a gente constata que não tem moeda, e que não foi posto o moeda no orçamento, seja do governo federalista, seja do estadual ou da prefeitura – disse.
*Com informações Sucursal Brasil