O ex-presidente Jair Bolsonaro comemorou, nesta quarta-feira (4), a sinalização positiva do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o Projeto de Lei da Anistia. Motta afirmou que pretende levar o tema para discussão entre os líderes partidários e, caso haja consenso, dará curso à proposta na Mansão.
O projeto em questão procura conceder anistia aos condenados por envolvimento nos atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Ou por outra, o texto contém dispositivos que poderiam volver a inelegibilidade de Bolsonaro, imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em entrevista ao Portal Metrópoles, Bolsonaro afirmou que a anistia não se trata de seu caso específico, mas sim de um gesto de justiça para com os envolvidos nos protestos de janeiro.
“Ele [Motta] foi muito simples na nossa conversa, muito respeitoso, dizendo que colocaria em tarifa qualquer matéria que interessasse à maioria dos líderes. Ele vai se reunir com os líderes e, se houver maioria, o projeto da anistia será pautado na Câmara”, declarou o ex-presidente. “Não é a minha anistia, não estou sentenciado em absolutamente zero. É a anistia dessas pessoas, dezenas e dezenas de pessoas condenadas a penas absurdas. Tem muitos que estão em outros países, foragidos.”
“É papel da Câmara rever esse matéria, e Hugo Motta foi muito feliz ao expor que irá consultar os líderes. A boa notícia é que os corações falam cada vez mais sobranceiro.
Essa anistia, no meu entender, é mais que política, é humanitária”, declarou. Em janeiro, completou dois anos do fatídico 8 de janeiro de 2023. Alexandre de Moraes chegou a ameaçar de prisão quem ousasse comemorar o 8 de janeiro.