O deputado federalista Mário Heringer (PDT-MG) apresentou um projeto de lei (PL) que visa proibir a inclusão de nomes de pessoas inelegíveis em pesquisas de intenção de voto. Embora não mencione diretamente Jair Bolsonaro, o projeto foi interpretado por muitos uma vez que uma tentativa de excluir o ex-presidente, que enfrenta possíveis processos que poderiam resultar em sua inelegibilidade, das pesquisas eleitorais. O PL sugere que institutos de pesquisa não poderiam incluir em seus levantamentos candidatos cuja inelegibilidade esteja determinada por decisão judicial transitada em julgado.
O projeto de Heringer foi apresentado em meio a um contexto político onde a possibilidade de Bolsonaro ser considerado inelegível para as próximas eleições é um tema recorrente. A proposta foi motivada por um entendimento de que a inclusão de nomes inelegíveis em pesquisas pode distorcer a percepção do sufragista sobre as reais chances de cada candidato, além de potencialmente influenciar o resultado das eleições ao fabricar uma falsa expectativa de vitória.
A iniciativa de Heringer encontrou sonância entre alguns parlamentares e setores da sociedade que veem a presença de Bolsonaro nas pesquisas uma vez que uma forma de manipulação do cenário eleitoral.
No entanto, também gerou controvérsias e críticas de outros setores que defendem a liberdade de frase e a autonomia dos institutos de pesquisa, argumentando que tais instituições devem ter o recta de incluir quem quiserem em suas sondagens, independentemente do status permitido de inelegibilidade.
A discussão sobre o projeto de lei se intensificou nas redes sociais e na mídia, com posts em X refletindo uma subdivisão entre aqueles que apoiam a medida uma vez que uma forma de prometer a integridade das eleições e aqueles que a veem uma vez que uma tentativa de interferir no processo democrático. Alguns argumentam que, enquanto não houver uma decisão final sobre a inelegibilidade, incluir Bolsonaro em pesquisas não viola nenhuma legislação e reflete o interesse público em saber sobre a popularidade de figuras políticas.
Para que o projeto de Mário Heringer avance, ele precisaria passar por várias etapas no Congresso Vernáculo, incluindo comissões e votações em plenário, onde enfrentaria debates sobre sua constitucionalidade e impacto na liberdade de frase e no processo eleitoral. Até o momento, não há uma decisão final sobre a inelegibilidade de Bolsonaro, o que mantém a questão em simples e altamente debatida no cenário político brasílico.