O Supremo Tribunal Federalista (STF) está se preparando para retomar suas atividades posteriormente o recesso do Judiciário, que se encerra na próxima segunda-feira. A expectativa é que a Procuradoria-Universal da República (PGR) apresente uma denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 39 investigados, relacionada a um suposto envolvimento em uma trama golpista. Essa situação gera uma pressão significativa sobre o STF, que pode ter que reorganizar suas sessões para mourejar com o aumento do volume de processos. A Primeira Turma, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, será a responsável por determinar essa denúncia, e os magistrados estão considerando a possibilidade de ampliar o número de sessões para prometer que outros processos não sejam prejudicados.
Contexto da estudo no STF
A estudo da verosímil denúncia contra Bolsonaro ocorre em um momento quebradiço para o Judiciário brasílico. Com o retorno das atividades, os ministros do STF estão atentos às implicações que essa denúncia pode ter não unicamente para o ex-presidente, mas também para a firmeza política do país.
A Primeira Turma atualmente realiza suas reuniões de forma quinzenal, mas com a possibilidade de um aumento no número de ações a serem julgadas, há um consenso entre os magistrados de que será necessário modificar essa dinâmica. A expectativa é que a PGR finalize a elaboração dos documentos necessários ainda nesta semana, permitindo que o caso seja guiado ao tribunal logo no início das atividades.
Desdobramentos e impactos da denúncia
Caso a PGR ofereça a denúncia, a Primeira Turma terá que ouvir as defesas dos acusados, o que pode prolongar as sessões de julgamento. Tradicionalmente, tanto as defesas quanto as acusações têm um tempo restringido para apresentar seus argumentos, geralmente 15 minutos cada. Essa estrutura pode tornar os julgamentos mais complexos e prolongados, mormente considerando o histórico recente da Primeira Turma em casos envolvendo Bolsonaro e seus aliados.
O colegiado tem sido caracterizado por decisões unânimes em processos relacionados ao ex-presidente e tem sido rotulado porquê uma “câmara de gás” devido à sua tendência punitivista, mormente sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.