O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou, nesta quarta-feira (29/1), a prisão definitiva de Luciane Barbosa Farias, conhecida uma vez que a Mulher do Tráfico amazonense, que se reuniu com autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) ao longo de 2023.
A decisão ocorre no contexto da ação penal que a condenou a 10 anos de prisão por associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de verba.
Até logo, Luciane recorria em liberdade, mas os recursos se esgotaram e o processo transitou em julgado. O nome dela foi inserido no Banco Pátrio de Medidas Penais e Prisões (BNMP).
“Uma vez que é cediço, uma vez encerrado a tempo de conhecimento do processo criminal, em havendo pena, inicia-se a tempo executiva da pena, devendo o raciocínio de conhecimento tomar as providências necessárias à exequibilidade do édito condenatório, na forma da legislação vigente”, escreveu a juíza Rosália Guimarães Sarmento, em decisão obtida pela pilastra.
Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas – uma das lideranças da partido criminosa Comando Vermelho (CV) no Amazonas.
Quem é Luciane Barbosa, a Mulher do Tráfico
A Mulher do Tráfico é apontada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) uma vez que o braço financeiro do CV, responsável por ocultar, empregar e lavar valores oriundos da máquina criminosa do tráfico de drogas.
Apesar da ficha criminal, Luciane foi recebida por duas vezes em 2023 por autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo. A pasta alegou, na ocasião, que a mulher estava uma vez que “acompanhante” nas reuniões e que era “impossível” o setor de perceptibilidade detectar previamente a presença dela.
“Luciane Barbosa Farias era a responsável por acobertar a ilicitude do tráfico, tornando o numerário deste com personificação lícita, ao efetuar compra de veículos, apartamentos e até mesmo abrindo empreendimento. Logo, inquestionável é a participação da apelada na organização criminosa Comando Vermelho”, escreveu a desembargadora Vânia Marques Oceânico, do TJAM, ao condená-la na segunda instância.
O Ministério Público do Amazonas a descreveu ainda uma vez que “parceiro” dos crimes do tráfico e acrescentou que ela demonstrava “perceptibilidade financeira” na organização.
“Ao tempo em que aparecia uma vez que esposa réplica, era o ‘braço financeiro’ de Tio Patinhas. Exercia papel fundamental, também, na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’”, diz o Ministério Público na denúncia.
Em nota, Luciane afirmou que não é “faccionada” de nenhuma organização criminosa e que está sendo criminalizada pelo veste de ser esposa de um detento. Clemilson também responde por assassinatos e tentativas de homicídio no Amazonas.