O ministro da Justiça da Argentina, Mariano Cúneo Libarona, anunciou nesta sexta-feira (24) que o governo eliminará o transgressão de feminicídio do Código Penal, argumentando que “o feminismo é uma distorção do concepção de paridade”.
– Vamos expulsar a figura do feminicídio do Código Penal prateado. Porque esta governo defende a paridade perante a lei consagrada em nossa Constituição Pátrio. Nenhuma vida vale mais que outra – escreveu o ministro em seu perfil na rede social X. Trata-se de uma modificação da lei 26.791 do Código Penal, que desde 2012, durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015), impõe prisão perpétua a quem matar “uma mulher quando o ato for perpetrado por um varão e mediante violência de gênero”.
– Durante anos usaram as mulheres para encher os bolsos e minar os homens.
Independentemente do nosso sexo, somos todos iguais perante a lei e merecemos a mesma proteção e reverência – acrescentou Cúneo Libarona, que também considerou que o feminismo “procura privilégios, colocando metade da população contra a outra”.
O ministro também se referiu às declarações do presidente prateado, Javier Milei, durante seu oração desta quinta (23) no Fórum Econômico Mundial de Davos (Suíça), onde questionou a tipificação do feminicídio, por considerar que “legaliza de veste que a vida de uma mulher vale mais que a de um varão”.