O jornal O Estado de S. Paulo, em um editorial intitulado “Perdulário, lento e privilegiado”, criticou duramente o Judiciário brasiliano por seus gastos excessivos, lentidão e privilégios. O texto, publicado recentemente, aborda a questão do orçamento do Poder Judiciário, que já atinge a moradia dos R$ 90 bilhões anualmente, destacando que essa quantia é elevada, principalmente quando comparada ao desempenho do órgão.
O editorial questiona a eficiência do sistema, onde o número de processos em tramitação continua a crescer, enquanto a capacidade de julgamento não acompanha proporcionalmente o aumento dos recursos financeiros.
O jornal ressalta que, além do orçamento inflacionado, há uma série de privilégios que beneficiam juízes e desembargadores, porquê auxílios moradia, saúde, sustento e até um polêmico auxílio para despesas com filhos, que somados, representam um acréscimo significativo aos salários já altos. O Estadão critica a falta de transparência e a resistência a reformas que poderiam racionalizar esses gastos, sugerindo que tais benefícios distanciam o Judiciário da verdade da maioria dos brasileiros e contribuem para a percepção de um sistema “perdulário”.
A sátira também se estende à lentidão do Judiciário, o que, segundo o editorial, afeta diretamente a credibilidade da justiça e a garantia de direitos fundamentais. A morosidade nos julgamentos é vista porquê um agravante que não só prejudica os cidadãos que buscam justiça, mas também reflete uma ineficiência administrativa e gerencial dentro do próprio sistema. O jornal sugere que, com os recursos disponíveis, deveria possuir uma melhoria significativa na prestação do serviço judiciário.
O Estadão defende uma reforma que inclua a revisão dos privilégios, o aumento da produtividade e a modernização dos processos judiciais, para que o Judiciário possa ser mais eficiente e, supra de tudo, mais justo. O editorial conclui com um apelo para que as próximas gestões do Judiciário e do Congresso Vernáculo encarem seriamente essas questões, com o objetivo de reduzir os privilégios e gastos desnecessários, visando um sistema judicial que seja verdadeiramente atingível e eficiente.