Branco da polícia depois revender carnes estragadas que ficaram meses submersas nas enchentes do Rio Grande do Sul, a empresa Tem Di Tudo comercializou as peças porquê se fossem nobres e importadas do Uruguai. De consonância com as investigações, as 800 toneladas de mesocarpo bovina, suína e de aves foram lavadas para retirar a lodo, “maquiadas” e postas em embalagens de uma marca uruguaia.
– Temos informações de que a mesocarpo foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lodo e pela chuva que ficaram acumuladas lá no frigorífico da capital gaúcha – disse o solicitador Wellington Vieira, segundo o portal G1.
As autoridades concluíram que a Tem Di Tudo, que é de Três Rios, no interno Rio de Janeiro, comprou as carnes de um frigorífico gaúcho de Canoas, alegando que a transformaria em ração bicho. Mas depois maquiar o resultado, vendeu-o para um frigorífico de Novidade Iguaçu porquê se fosse próprio para consumo humano.
Com o esquema, a Tem Di Tudo lucrou de maneira exorbitante. Segundo o solicitador, “a mesocarpo boa estava avaliada em torno de R$ 5 milhões, mas a empresa comprou as 800 toneladas estragadas por R$ 80 milénio”.
O violação foi revelado por uma coincidência. Acontece que secção da mesocarpo acabou sendo revendida novamente ao produtor gaúcho de Canoas, que notou, pelo lote das embalagens, que tratava-se do mesmo resultado, estragado.
Inicialmente, o material foi vendido pela Tem Di Tudo à empresa de Novidade Iguaçu, depois repassada a outra de Minas Gerais, voltando, por termo, ao produtor inicial.
Por meio de notas fiscais, a polícia tenta localizar as outras empresas que adquiriram a mesocarpo desconhecendo tratar-se de um iguaria estragado. Segundo a Decon (Delegacia do Consumidor), os pacotes de mesocarpo foram vendidos a estabelecimentos ao volta de todo o país.
– Até onde a gente sabe pelas investigações, a mesocarpo foi transportada para diversos outros compradores que não sabiam da proveniência. Foram 32 carretas que saíram do Sul para diversos destinos do Brasil – adicionou Vieira.
De consonância com a polícia, “todas as pessoas que ingeriram a mesocarpo correram risco de vida”.
– Quando uma mercadoria fica debaixo d’chuva, adquire circunstâncias e condições que trazem risco iminente à saúde – alertou.
Ao investigar a Tem Di Tudo, a polícia ainda encontrou diversos outros produtos vencidos, incluindo caixa de medicamentos, testes de Covid-19, cigarros e produtos de formosura. Até o momento, quatro pessoas foram presas, e responderão por associação criminosa, receptação, adulteração e prevaricação de provisões.