Investidores também aguardam o tradicional Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça
A expectativa do mercado em relação aos primeiros comportamentos e medidas do presidente eleito Donald Trump começa a se dissipar na próxima 2ª feira (20.jan.2025), quando o republicano assume a Morada Branca para o segundo procuração. Trump promete implementar medidas logo posteriormente a cerimônia de posse, e decisões sobre tarifas estão entre elas.
Resta saber se as tarifas são exclusivamente um instrumento de retórica para pressionar outros países, independentemente de coligado ou oponente, para atingir outros objetivos econômicos e geopolíticos americanos. Ou se elas serão realmente um instrumento para o retorno da produção industrial aos EUA atualmente encontrada em outros países, a maioria na Ásia.
As tarifas serão utilizadas concomitantemente para os dois objetivos, mas um deles prevalecerá e dominará o entendimento do mercado. Haverá mais gosto ao risco nos mercados e com tendência de um dólar mais enfraquecido na próxima semana caso as tarifas sejam vistas uma vez que “fracas” e ligadas para atingir outros objetivos econômicos e os geopolíticos, ou de aversão a risco e a prolongação da tendência de subida do dólar caso seja para um fortalecimento da economia interna americana.
A tarifa não é o único prato neste cardápio das principais primeiras medidas de Trump no incumbência. Questões imigratórias, de tributação e regulatórias estarão no radar dos investidores para entender a direção do preço dos ativos ligados aos juros futuros –e a precificação da decisão de juros do Fed (Federalista Reserve, o banco medial dos EUA).
Quem estará também de olho no que ocorre nos EUA na 2ª feira são os dirigentes do BoJ (Banco do Japão), que definirão a novidade taxa de juros do país na próxima 6ª feira (24.jan). A expectativa do mercado é de que o BoJ aumente as taxas em 25 pontos-base, elevando os juros de 0,25% para 0,5% ao ano.
Já as autoridades do BoJ não deram essa indicação, apontando que a subida das taxas de juros pode ocorrer na reunião de março. O único consenso entre os dirigentes do BoJ é que a taxa de juros da economia japonesa está baixa e deverá subir no limitado prazo. Na avaliação de economistas, a subida de juros está assegurada se as medidas de Trump não abalarem os mercados mundiais, mas deve ser postergada se houver turbulência nas bolsas globais ao longo da próxima semana.
Em semana também movimentada com o Fórum Econômico Mundial, que ocorre anualmente em Davos (Suíça), os calendários econômicos global e pátrio estão esvaziados. Os destaques globais ao longo da semana são a decisão da taxa de juros pelo Banco Medial da China no domingo (26.jan) e as prévias dos PMIs (Índices dos Gerentes de Compras, na {sigla} em inglês) de janeiro no Japão, Reino Unificado, Alemanha, França, Zona do Euro e EUA.
No Brasil, os destaques ficam com a arrecadação federalista de dezembro e de 2024 na quinta e a prévia da inflação de janeiro (IPCA-15) de janeiro na 6ª feira (24.jan).
Na temporada de balanços em Wall Street, o destaque é os resultados do quarto trimestre de 2024 da Netflix na 3ª feira (21.jan).