A Argentina registrou em 2024 seu primeiro superávit fiscal em mais de uma dezena, segundo pregão do ministro da Economia, Luis Caputo, nesta sexta-feira (17). O país fechou o ano com um superávit primitivo de 1,8% do PIB e um superávit financeiro de 0,3% do PIB, o melhor desempenho em 16 anos e o primeiro resultado positivo dessa magnitude desde 2010.
O progresso reflete as reformas econômicas implementadas pelo presidente Javier Milei, que assumiu o missão em dezembro de 2023 com uma agenda de austeridade fiscal e estabilização macroeconômica. Entre as medidas adotadas estão cortes nos gastos públicos e subsídios, a deposição de 33 milénio funcionários públicos e a suspensão de controles de preços.
A inflação anual, que havia atingido 211,4% em 2023, caiu para 117,8% em 2024. O Banco Médio da Argentina adotou uma estratégia de desvalorização gradual do peso para evitar novos choques inflacionários e restaurar reservas cambiais.
No terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 3,9% em relação ao trimestre anterior. O setor de varejo apresentou sinais de recuperação, o risco-país caiu e há indícios de melhora na renda das famílias. Apesar de a pobreza ainda afetar murado de 50% da população, o índice está em queda.
Os investidores internacionais têm reagido positivamente às mudanças, embora críticos questionem a sustentabilidade das reformas no longo prazo. Milei mantém seu compromisso com o estabilidade fiscal e o propagação econômico, apostando na atração de investimentos externos.
Para 2025, o governo projeta uma expansão econômica impulsionada pelo aumento das exportações e dos investimentos. Aliás, planeja expulsar os controles cambiais remanescentes, permitindo a livre circulação de moedas no país.
FMI destaca avanços na economia da Argentina
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reconheceu a recuperação econômica do país, destacando a redução da inflação e o propagação do salário real. Segundo o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, a retomada da economia começou no segundo semestre de 2024 e deve se fortalecer em 2025.
O relatório Perspectiva Econômica Global do FMI projeta um propagação de 5% para a Argentina em 2025 e novamente em 2026, mantendo as previsões anteriores. Apesar da contração de 2,8% registrada em 2024, o país mostra sinais de recuperação e melhora nos indicadores econômicos.