Nesta quinta-feira (16), o ministro da Quinta, Fernando Haddad, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), trocaram farpas nas redes sociais a reverência dos vetos feitos pelo governo federalista ao projeto de renegociação da dívida dos estados. O embate aconteceu posteriormente Zema criticar os vetos do governo, acusando a União de tentar transferir a responsabilidade pela “gastança” do governo federalista para os estados.
Haddad respondeu, afirmando que Zema estava “escondendo a verdade” ao criticar a medida e ressaltou que o projeto sancionado pelo governo federalista ofereceu mais condições de consolação financeiro para os estados em confrontação com as propostas apresentadas por Zema no início das negociações. “O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, usou esta rede para brigar o governo federalista, mas, uma vez que é de praxe no bolsonarismo, esconde a verdade”, escreveu Haddad em resposta ao governador.
Zema, por sua vez, acusou o governo de querer forçar os estados a arcar com a conta da gestão federalista, mormente ao vetar um trecho do projeto que permitiria que a União assumisse as dívidas estaduais com bancos privados.
O governador também criticou a manutenção de altos gastos pelo governo federalista, incluindo o aumento de 39 ministérios e despesas excessivas com viagens e o Palácio da Alvorada.
“O governo federalista quer que os estados paguem a conta de sua gastança”, declarou Zema, referindo-se aos vetos do projeto, que, segundo ele, obrigariam o estado de Minas Gerais a repassar mais R$ 5 bilhões em 2025 e 2026.
Haddad rebateu as críticas, lembrando que Zema havia apresentado uma proposta de renegociação muito subordinado à que foi sancionada, além de sobresair que o veto citado por Zema visava impedir que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados. O ministro também criticou Zema por ter sancionado um aumento de 298% no próprio salário durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal.
“O governador também parece ter se esquecido de outra informação: o veto citado por ele simplesmente pedia que a União pagasse dívidas dos estados com bancos privados”, escreveu Haddad.
A discussão, que ganhou visibilidade nas redes sociais, reflete o embate entre o governo federalista e governadores da oposição, uma vez que Cláudio Castro (PL-RJ) e Eduardo Leite (PSDB-RS), que também se posicionaram contra os vetos de Lula e defendem a derrubada das medidas.