O Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira (15) a alocação de R$ 3,8 bilhões em debêntures para financiar a construção da usina termoelétrica a gás proveniente UTE Portocem I, localizada em Barcarena, no Pará. A usina faz segmento do Novo Programa de Aceleração do Incremento (PAC) e contará com uma risca de transmissão de 3,8 quilômetros conectada ao Sistema Interligado Vernáculo (SIN). A previsão é que as operações comerciais comecem em agosto de 2026.
A UTE Portocem I terá um investimento totalidade de R$ 5,4 bilhões e será equipada com quatro turbogeradores, cada um com capacidade de 392,97 megawatts (MW), totalizando 1,571 gigawatts (GW) de geração. O gás proveniente que abastecerá a usina será fornecido pelo Terminal de Importação e Regaseificação de GNL, operado pela Centrais Elétricas Barcarena (Celba), com capacidade para processar 15 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A usina terá papel precípuo na matriz energética brasileira, funcionando uma vez que backup em períodos de escassez hídrica ou picos de consumo. A flexibilidade das termoelétricas a gás proveniente é crucial para prometer segurança energética ao Sistema Interligado Vernáculo.
A localização no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, proporciona entrada privilegiado ao transporte hidroviário pela Baía de Marajó, permitindo o recebimento de navios carregados com gás proveniente liquefeito (GNL). A proximidade com a região metropolitana de Belém e com a refinaria de alumina Alunorte, a maior fora da China, também favorece a demanda energética.
Além de atender às necessidades da usina, o gás proveniente poderá substituir combustíveis mais poluentes, uma vez que diesel e óleo combustível, em empreendimentos da região, contribuindo para uma matriz energética mais sustentável.
A emissão de debêntures simples, coordenada pelo BNDES, alcançou R$ 4,5 bilhões, dos quais R$ 3,8 bilhões serão destinados à construção, obtenção de equipamentos e instalações do projeto.