A redução do desemprego e a melhora do rendimento das famílias em 2024 fizeram com que os serviços prestados às famílias alcançassem o maior patamar desde fevereiro de 2015.
A constatação faz segmento da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasiliano de Geografia e Estatística (IBGE).
Em novembro, aponta o levantamento, essas atividades tiveram expansão de 1,7% na conferência com outubro.
Os serviços prestados às famílias são um dos cinco grandes grupos de atividades pesquisadas pelo IBGE para medir o desempenho do setor de serviços uma vez que um todo, que conta ainda com atividades uma vez que transporte, correios, telecomunicações e tecnologia da informação.
No universal, o setor teve recuo de 0,9% na passagem de outubro para novembro. Os serviços prestados às famílias têm um peso de 8,24% na PMS.
No amontoado de maio a novembro de 2024, esses serviços cresceram 6,7%, em relação ao mesmo período de 2023. Foram seis altas mensais e uma firmeza (variação de 0%). No amontoado de 12 meses, a expansão é de 5%.
Em 2023, o proveito no período (maio a novembro) foi similar, 6,6%. No entanto, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca que ao longo de 2024, oito das 11 taxas mensais de serviços prestados às famílias foram positivas e com intensidade maior.
Os números funcionaram uma vez que uma alavanca para a categoria superar o nível de fevereiro de 2015. No entanto, fica ainda 5,7% do ponto mais superior já atingido, em maio de 2014. A série histórica do IBGE foi iniciada em janeiro de 2011.
Efeito da renda
Entre os serviços prestados às famílias, estão atividades uma vez que restaurantes, serviços de bufê, espetáculos de teatro e musicais, hotéis, parques de diversão, ateneu, lavanderia, cabeleireiro e ensino de linguagem.
O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, aponta que a sequência de resultados mensais seguidos permite relacionar o desempenho do grupo de atividades com o comportamento positivo do nível de serviço e de renda no país. Segundo ele, há um conjunto suficientemente relevante para fazer a relação entre o setor e dados de serviço e renda.
“A maior frequência e intensidades das taxas desse setor no ano de 2024 podem estar atreladas a melhorias no mercado de trabalho e no nível de renda, fazendo com que mais pessoas estejam podendo consumir serviços uma vez que restaurantes, hospedagens, academias, shows, etc.”, avalia Lobo.
Cenário econômico
O oferecido mais recente do mercado de trabalho mostra que a taxa de desocupação, mais conhecida uma vez que desemprego, fechou o trimestre encerrado em novembro em 6,1%. Esse é o menor índice da série histórica da Pesquisa Pátrio por Modelo de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012 pelo IBGE.
Em novembro, o rendimento médio ficou em R$ 3.285, desenvolvimento de 3,4% na presença de o mesmo período de 2023. A volume de rendimento – somatório do que é recebido pelo conjunto de trabalhadores – foi recorde, R$ 332,7 bilhões, com subida de 7,2% em um ano.
A economista Juliana Trece, do Instituto Brasiliano de Economia (Ibre) da Instalação Getulio Vargas (FGV), ressalta a urgência de ter um consórcio entre o mercado de trabalho aquecido e o nível de investimento da economia, para que o desenvolvimento econômico seja sustentável.
“O mercado de trabalho aquecido é ótimo em termos de desempenho da atividade econômica. No entanto, isso gera um aumento da demanda das famílias que pode se refletir em uma pressão inflacionaria, caso a oferta não acompanhe esse aumento da demanda. Por essa razão que temos um envolvente em que o PIB [Produto Interno Bruto, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país] tem um desempenho potente, mas a inflação estourou a meta”, disse à Sucursal Brasil.
“Para que o desenvolvimento da economia não pressione a inflação, é fundamental que os investimentos se concretizem, para que a capacidade da economia cresça. Em 2024 os investimentos cresceram, mas estruturalmente o Brasil tem dificuldades em ter um patamar de investimentos elevados”, completa a coordenadora do Monitor do PIB da FGV, estudo que procura antecipar dados sobre o comportamento da economia brasileira.
Inflação e juros
A economia aquecida foi um dos fatores que fizeram com que a inflação de 2024 (4,83%) estourasse a meta, de concordância com especialistas e o Banco Medial (BC).
O chamado “hiato do resultado”, que pode ser entendido uma vez que uma medida de quanto a economia cresce supra do potencial e razão pressão inflacionária, foi um dos pontos citados pelo BC na missiva ocasião enviada ao ministro da Rancho, Fernando Haddad, para explicar o vestimenta de a inflação superar o teto da meta, de 4,5%.