A ByteDance, controladora do TikTok, avalia vender sua operação norte-americana para Elon Musk, caso a empresa não consiga evitar o exílio do aplicativo nos Estados Unidos, um pouco que já pode sobrevir a partir do dia 19 deste mês, segundo a escritório Bloomberg. O empresário e o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun recusaram a comentar. Um representante da ByteDance chamou a possibilidade de “ficção” e se recusou a comentar o suposto negócio.
Segundo as fontes ouvidas pela Bloomberg, autoridades chinesas e executivos da companhia discutiram a possibilidade de o X, de Musk, assumir o controle do aplicativo de vídeos nos EUA. Essa opção, no entanto, desagrada o parecer da ByteDance, que contesta a proibição do app nos EUA junto à Suprema Galanteio do país.
Dois fatores diminuem a autonomia do tramontana da ByteDance: o Estado chinês tem ações preferenciais na empresa, o que lhe dá o recta de vetar qualquer decisão, e as regras de exportação de Pequim impedem que empresas chinesas vendam seus algoritmos e software. Por outro lado, a ByteDance afirma que a influência estatal só se aplica às operações em território chinês.
O projeto de lei sancionado em abril por Joe Biden, prevê o exílio do aplicativo nos EUA caso não haja um comprador americano. A decisão tomada às pressas pelo governo refletiu uma discussão iniciada em 2020, ainda durante a primeira gestão de Donald Trump.
A assinatura de Biden deu prazo inicial de 270 dias (9 meses) para a rede social chinesa encontrar um gestor americano. Essa lei poderia ser estendida em mais 90 dias. Porém, indícios de que os juízes da Suprema Galanteio manterão a lei já fizeram lideranças da ByteDance debater planos de contingência para entender porquê o TikTok deve operar com novo governo Trump.
Legisladores americanos justificam a decisão com o argumento de que a plataforma representa uma ameaço para a segurança pátrio americana devido à possibilidade de o governo chinês acessar dados dos usuários.
O bloqueio do TikTok está previsto para sobrevir um dia antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. Durante o primeiro procuração (2017-2021), o republicano tentou proibir a rede social. Desta vez pediu ao Supremo Tribunal dos EUA que impedisse a ingressão em vigor da lei até sua posse e prometeu “salvar o TikTok”.
POR QUE ELON MUSK?
No início das tratativas para banir o aplicativo, o governo chinês classificou a ação porquê “bullying econômico” e “pilhagem”. O envolvimento de Musk com a Lar Branca aumenta as chances de concretização do pacto, já que os chineses entendem ser proveitoso vender a rede social para um coligado do presidente eleito.
– Pequim e Xi Jinping têm um relacionamento poderoso com Musk, logo haveria conforto suplementar neste pacto potencial para evitar uma proibição do TikTok – avalia Dan Ives, da consultoria Wedbush.
A relação EUA-China também envolve o bilionário porque é lá que Musk escolheu para erguer uma das maiores fábricas do mundo. Em 2019, a Tesla expandiu sua operação para Xangai, onde se tornou sua maior base de produção.
Musk gastou mais de 250 milhões de dólares (R$ 1512 milhões) em doações para a reeleição de Trump e foi escolhido para trabalhar em um novo Departamento de Eficiência Governamental, com objetivo de “desmantelar a burocracia governamental, impulsionar “uma reforma estrutural em larga graduação” e trinchar gastos.
Estribar financeiramente o presidente não tem se mostrado um mau negócio para o bilionário. Desde a eleição, contratos entre estatais e empresas de Musk já foram assinados, tais porquê a escolha da SpaceX pela Nasa para a construção de um veículo que tirará a Estação Espacial Internacional (ISS, na {sigla} em inglês) de trajectória ao termo de sua vida útil, em 2030.
– A compra do TikTok por Musk aumentaria significativamente o valor do X e, provavelmente, Musk buscaria investimentos externos para comprar esse potencial ativo de ouro. Também é provável que, em vez de uma venda completa, isso resulte em uma parceria, com Musk no papel de ajudar a proibição definitiva do TikTok nos EUA – disse Yves.
O valor da transação deve permanecer entre 40 bilhões (R$ 242 bilhões) e 50 bilhões de dólares (R$ 302 bilhões), segundo a consultoria. Em 2022, Musk pagou 44 bilhões de dólares (R$ 266 bilhões) pelo Twitter.
QUAL A VANTAGEM PARA MUSK?
Além de ter mais um amplificador de suas ideias – a plataforma tem mais de 170 milhões de usuários nos EUA -, o proprietário do X usaria a rede para substanciar o apelo publicitário de suas marcas.
Musk também fundou uma empresa autônoma de lucidez sintético, a xAI, que deve se beneficiar da enorme quantidade de dados gerados pelo TikTok. Em abril, Musk disse no X ser contrário ao exílio do TikTok, mesmo que sua rede social fosse beneficiada.
– Fazer isso seria contrário à liberdade de sentença. Não é o que a América representa – assinalou.
Mas ainda não está evidente se a venda do TikTok nos EUA será um processo competitivo ou um pacto intermediado pelo governo. Se a primeira opção for a escolhida, Musk não estará sozinho na disputa. O bilionário Frank McCourt e o investidor do “Shark Tank” Kevin OLary já demonstraram ter interesse na obtenção por meio do Project Liberty, a dupla, inclusive já disse ter discutido o ponto com Trump.
No pretérito, a Microsoft também tentou comprar a rede social, e a Oracle, que já tem uma parceria sedimentada com a ByteDance, demonstrou interesse na companhia chinesa recentemente.
EXISTE ALTERNATIVA PARA A BYTEDANCE?
Uma possibilidade é movimentar os clientes dos EUA para um aplicativo similar – de marca dissemelhante – para contornar a proibição, segundo uma manadeira ouvida pela Bloomberg. Mas a eficiência da medida é bastante questionável.
A tendência, logo, é que a ByteDance prefira continuar sua guerra judicial contra os Estados Unidos.
*AE