O governo Lula (PT) decidiu manter a ida da embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Oliveira, à posse presidencial de Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (10), mesmo posteriormente o ataque à líder opositora María Corina Machado, nesta quinta (9). Segundo integrantes do Palácio do Planalto disseram à Folha de S.Paulo, apesar do endurecimento do regime chavista, prevalece o entendimento de que é importante manter relações diplomáticas com país vizinho.
María Corina foi escopo de ataque a tiros ao transpor de uma revelação em Caracas nesta quinta, e acabou sequestrada. Ela foi liberada da prisão horas depois e avisou aos apoiadores que já está “segura”.
– A Venezuela será livre – garantiu Corina.
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Segundo relatos de aliados, ela foi interceptada e derrubada da motocicleta que dirigia. Durante o período de detenção, teria sido forçada a gravar diversos vídeos.
Diante da situação, o Itamaraty resolveu reavaliar a ida de Oliveira à posse de Maduro, mas acabou por deliberar manter a presença na cerimônia. Questionado sobre o caso, o Ministério de Relações Exteriores não se pronunciou.
Acusada de traição à Pátria pelo Ministério Público, Corina estava escondida há cinco meses e chegou a expressar, em agosto, que temia pela própria vida. Ela saiu do refúgio, no entanto, nesta quinta, para participar de um ato político no bairro de Chacao às vésperas da posse.
O procurador-geral Tarek William Saab, pró-regime Maduro, nega o ataque e disse que Corina não foi presa “nem por um minuto”.
Manadeira/Créditos: Pleno News
Créditos (Imagem de revestimento): Foto: EFE/ André Borges