Mesmo sem apresentar números positivos nas pesquisas eleitorais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ((PT) teria externado, em conversas internas com a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT), um perceptível cansaço e preocupações relacionadas à logística de segurança.
A privação do líder petista em diversas agendas políticas vem causando frustração entre os líderes de esquerda, que contavam com um maior engajamento do superintendente do Executivo para impulsionar as candidaturas do PT nas eleições municipais deste ano, principalmente nas capitais.
Até o dia 16 de setembro, Lula havia participado de exclusivamente dois comícios, ambos ao lado de Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo, no final de agosto. Ele também apareceu em uma propaganda eleitoral do candidato, visitando-o em sua vivenda no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista Todavia, a expectativa de que Lula se envolvesse mais profundamente nas campanhas municipais está sendo frustrada, já que o presidente tem devotado secção de sua agenda a compromissos internacionais, mesmo com o calendário eleitoral em pleno curso.
As recentes pesquisas eleitorais, incluindo as realizadas pela Quaest, reforçam um cenário turbulento para o PT. Em capitais importantes uma vez que Belo Horizonte, Porto Jubiloso, Florianópolis, Curitiba e Salvador, os candidatos apoiados pelo partido enfrentam grandes dificuldades para depreender o segundo vez. Em algumas cidades, o PT sequer lançou nomes próprios, revelando a dificuldade da situação.
As projeções apontadas pelos levantamentos refletem uma tendência já antecipada por diversos analistas ouvidos pelo Conexão Política: o PT pode reviver o cenário desfavorável das eleições de 2020. Naquele ano, o partido não conseguiu optar prefeitos em capitais estratégicas, e o temor é que, em 2024, o resultado seja ainda pior. Com isso, o PT corre o risco de tolerar sua maior guião eleitoral desde a redemocratização.
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