A ditadura cubana, que vive sob uma longa crise econômica e energética, tem intensificado um êxodo recorde de cidadãos da ilhota para o Brasil. Entre janeiro e novembro de 2024, mais de 19,7 milénio cubanos chegaram ao país, superando os números de qualquer outro período histórico, incluindo a idade do programa Mais Médicos.
O regime comunista cubano, no poder desde 1959, enfrenta apagões constantes devido à falência das usinas termelétricas e à redução no fornecimento de petróleo pela Venezuela, agravando o desespero da população. Muitos buscam refúgio no Brasil, país com políticas migratórias acolhedoras e uma comunidade cubana consolidada.
Propagação significativo nos pedidos de refúgio
Em 2024, foram 19,1 milénio pedidos de refúgio cubano no Brasil até novembro, contra 13,1 milénio em 2023 e exclusivamente 7,6 milénio em 2022. Novembro registrou um recorde mensal com 2,700 solicitações, colocando os cubanos adiante dos venezuelanos, tradicionalmente os maiores solicitantes de refúgio no país.
Mais da metade dos cubanos que chegam ao Brasil entram pelos estados de Amapá e Roraima, vindos do Suriname e da Guiana. A rota envolve voos para as capitais Paramaribo ou Georgetown, além de travessias terrestres e fluviais pela Guiana Francesa até o Oiapoque.
Embora o Brasil seja um orientação favorável para trabalhar, principalmente no setor informal, muitos utilizam o país uma vez que ponte para outros destinos, uma vez que Uruguai, Chile ou Estados Unidos.
A crise energética e a escassez de vitualhas e combustíveis afetam o turismo, uma das poucas atividades econômicas relevantes de Cuba. O país enfrenta dificuldades em atrair visitantes e manter serviços básicos em funcionamento.