Duas semanas depois das eleições presidenciais dos Estados Unidos, que tiveram Donald Trump porquê vencedor, o governo de Joe Biden reafirmou, sem provas, a posição de que o ex-embaixador Edmundo González venceu o pleito venezuelano de 28 de julho. A enunciação foi feita pelo secretário de Estado, Antony Blinken, nesta terça-feira (19) pelas redes sociais.
Na publicação, Blinken diz que “o povo venezuelano se expressou de forma contundente em 28 de julho e escolheu Edmundo González porquê presidente eleito”. O texto ainda diz que a “democracia precisa ser respeitada”. O não reconhecimento da vitória de Maduro já havia sido expressado pelos Estados Unidos na semana das eleições, mas o país apresentou uma posição vacilante em relação ao pleito.
Na noite da eleição, no dia 28 de julho, antes mesmo da divulgação dos resultados, a vice-presidente dos Estados Unidos e ex-candidata pelo Partido Democrata para as eleições estadunidenses de 2024, Kamala Harris, expressou esteio “à decisão do povo venezuelano” e disse que continuará trabalhando por um horizonte mais “democrático, próspero e seguro” para os venezuelanos.
Depois, o governo dos EUA disse que o candidato da Plataforma Unitária recebeu mais votos na eleição. “Dadas as evidências esmagadoras, está evidente para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia teve o maior número de votos nas eleições de 28 de julho na Venezuela”, disse Antony Blinken na ocasião, sem apresentar provas.
Três dias depois, no entanto, o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller, afirmou que o país não reconhece González porquê presidente da Venezuela. Com a oposição dos resultados pela oposição, o processo eleitoral venezuelano passou por um processo de judicialização. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) confirmou a validade da eleição de Nicolás Maduro e pediu que o Juízo Vernáculo Eleitoral (CNE) publicasse os resultados desagregados em até 30 dias. Os resultados não foram publicados até hoje.
Em 23 de agosto, a Moradia Branca já havia respondido a decisão do Tribunal Supremo de Justiça de validar a reeleição de Maduro. O Departamento de Estado dos EUA publicou uma nota afirmando que a decisão da Galanteio “carece de credibilidade, dada a evidência esmagadora de que González recebeu a maioria dos votos em 28 de julho”.
Agora, a Moradia Branca parece ter chegado a um consenso faltando dois meses para mudar a gestão. Trump tomará posse em 20 de janeiro de 2025. O governo venezuelano emitiu uma nota à prelo respondendo a enunciação de Blinken. O texto diz que o secretário estadunidense é “inimigo confesso da Venezuela” e agora indica um “Guaidó 2.0”, em referência ao reconhecimento de Trump em 2019 ao ex-deputado venezuelano autoproclamado presidente Juan Guaidó.
“Nos seus últimos dias, o governo deveria se destinar a refletir sobre seus fracassos, deixando os complexos imperiais e coloniais e indo ortografar as memórias de porquê a Revolução Bolivariana o fez manducar a poeira da roteiro, assim porquê seus antecessores. Nunca irregularidade o projecto literário de mais um Secretário de Estado, que afundou, junto com seus fantoches, tentando virar a democracia venezuelana”, afirma o texto.
Eleição contestada
Maduro foi eleito para um terceiro procuração com 51,97% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González Urrutia. A oposição venezuelana contestou o resultado e afirmou ter retraído mais de 80% das cópias das atas eleitorais e, segundo a coalizão de direita Plataforma Unitária, isso garantiria a vitória de Urrutia.
Isso, somado à denúncia de um ataque hacker contra o sistema eleitoral da Venezuela, levaram Maduro a pedir investigação da Justiça. O órgão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados detalhados alegando a atuação hacker, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano investigou os supostos ataques, recolheu todo o material eleitoral do órgão e ouviu 9 dos 10 candidatos que disputaram o pleito. Só Edmundo González Urrutia não compareceu.
Depois de confrontar as atas eleitorais com o resultado coletado pelo sistema eletrônico, a Justiça validou a vitória de Nicolás Maduro e confirmou a existência dos ataques hackers, mas exigiu que o CNE publicasse os resultados desagregados.
González é meta de um mandado de prisão, criminado de “conspiração, usurpação de funções, incitação à rebelião e sabotagem” pela publicação de supostas atas eleitorais que teriam sido recolhidas no dia das eleições presidenciais pela oposição. A disputa resultou em protestos em todo o país, que deixaram 27 mortos, 192 feridos e 2,4 milénio detidos.
Edmundo González deixou a Venezuela e viajou para a Espanha. O país concedeu asilo político ao ex-candidato depois que os dois países acordaram os moldes da saída de Edmundo. Segundo o governo venezuelano, Caracas “concedeu os salvo-condutos apropriados em nome da tranquilidade e da tranquilidade política do país”.
Edição: Rodrigo Durão Coelho