O dólar encerrou esta quinta-feira (19) em queda significativa de 2,28%, sendo cotado a R$ 6,124. A desvalorização ocorreu posteriormente o Banco Meão (BC) realizar dois leilões expressivos pela manhã, totalizando a maior operação de venda de dólares à vista desde 1999, quando o Brasil implementou o regime de câmbio flutuante.
No início do pregão, a moeda norte-americana seguia em subida, atingindo pela primeira vez o patamar de R$ 6,30. No entanto, a atuação decisiva do BC conseguiu virar o movimento. Durante o dia, a domínio monetária colocou no mercado mais de US$ 8 bilhões, buscando estabilizar a cotação da lema.
Simultaneamente, investidores acompanharam de perto o curso da proposta fiscal do governo no Congresso. A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro vez, o texto-base da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), roupa que também influenciou as movimentações do mercado.
Os dois leilões realizados nesta manhã se somam a uma série de intervenções do BC iniciada na semana passada. Até agora, foram nove operações, totalizando mais de US$ 20 bilhões injetados no mercado cambial. No primeiro leilão do dia, foram ofertados US$ 3 bilhões, com seis propostas aceitas entre 9h15 e 9h20. Já o segundo movimentou US$ 5 bilhões, com 10 propostas acolhidas entre 10h35 e 10h40.
Essas intervenções no câmbio têm uma vez que objetivo aumentar a oferta de dólares no mercado, seguindo a lógica da lei de oferta e demanda. Em resumo, com mais dólares disponíveis para compra, a cotação da moeda tende a desabar.
Apesar do refrigério momentâneo, o dólar segue pressionado por incertezas do mercado sobre a capacidade do governo em manter o estabilidade fiscal. Unicamente em dezembro, a moeda acumula uma valorização de 4,45% em relação ao real. No aglomerado do ano, o progresso chega a 29%. E mais: ‘Não é um ataque especulativo’, diz Henrique Meirelles sobre disparada do dólar. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Manancial: Folha de SP)