A grande mudança é que Kamala Harris, até agora, perdeu 9 milhões de eleitores desde 2020, enquanto Donald Trump ganhou unicamente 1,2 milhão. A escrutinação de votos perdidos de Harris diminuirá na medida em que os votos finais forem chegando, mas o mais importante continua sendo o roupa de que Harris perdeu mais votos do que Trump ganhou.
O presença às urnas não é definitivo, mas provavelmente está entre 153 e 156 milhões, aquém de 2020, mas ainda assim a segunda maior porcentagem de presença em 100 anos. No mínimo, 107 milhões de adultos não votaram (88 milhões dos quais são “elegíveis” para votar). Portanto, 41% ou mais da população adulta e 36% dos eleitores qualificados não votaram.
Usar a porcentagem de grupos de eleitores que votaram em Trump é enganoso. A notícia continua sendo que a mudança significativa é a perda de eleitores Harris.
Quais foram os problemas econômicos?
A sobrevivência diária tornou-se um problema sério para os 65% mais pobres devido, especificamente, ao aumento de preço dos itens de mercearia e ao aumento dos pagamentos de hipoteca e aluguel. Os números agregados não refletem essa veras.
O padrão de vida real dos trabalhadores era pior sob Joe Biden do que sob Trump. Os salários reais nos EUA continuam mais baixos do que eram há meio século.
Existem diferenças entre democratas e republicanos?
Os partidos eleitorais dos EUA não são porquê os da Europa – eles sempre foram uma versão dissemelhante dos sistemas eleitorais burgueses. Os dois principais partidos dos EUA são corporações, e não partidos com membros, ideologias e programas. Eles são projetados porquê um mercado de indivíduos que se candidatam à Presidência, porquê a Exposição de Cães do Westminster Kennel Club, mas somente a cada quatro anos.
Os democratas entregaram sua política externa ao grupo CNAS de neoconservadores belicistas que agora serão desalojados. Os republicanos também não são um partido de roupa: Trump provou isso, e o que acontecerá com os republicanos depois de Trump também é incerto.
Quais são as mudanças de classe nos EUA?
Há uma novidade estratificação da mediocracia, com os bilionários porquê um novo agente. O exposição cada vez mais dominante entre a classe numulário tem os meios para treinar sua influência.
Cinquenta bilionários investiram US$ 2,5 bilhões (R$ 14,4 bilhões), 45% do totalidade de US$ 5,5 bilhões (R$ 31,73 bilhões), na eleição presidencial. Desse totalidade, US$ 1,6 bilhão (R$ 9,2 bilhões) foi para os republicanos, US$ 750 milhões (R$ 4,3 bilhões) para os democratas e o restante para ambos. O totalidade gasto na eleição, em todas as corridas, foi de US$ 16 bilhões (R$ 92,2 bilhões), sinal de uma cleptocracia, não de uma democracia próspera.
Há um esforço conjunto de um grupo de bilionários libertários do setor de tecnologia, incluindo Peter Thiel e Elon Musk, para colocar as mãos diretamente nas alavancas do Estado para controlar a corrida pelo domínio global da Perceptibilidade Sintético. Eles acreditam que somente eles devem controlar os avanços no espaço da IA para o mundo e que o próximo passo inicial é o que é chamado de Perceptibilidade Universal Sintético (IGA). Esses megalomaníacos acreditam que isso dará início ao controle dos seres humanos pela perceptibilidade das máquinas e, talvez, em seus sonhos perversos, ao termo da humanidade.
Um número cada vez maior de capitalistas menores, porquê os multimilionários, está agora sendo incluído na classe média subida e no terço mais rico dos eleitores. Uma tendência muito importante a ser observada é que, nos últimos quinze anos, o terço mais rico mudou de partido, passando dos republicanos para os democratas.
Por que Harris perdeu de 6 a 9 milhões de votos?
Os trabalhadores ficaram em situação pior, os salários não acompanharam e a inflação deixou um impacto longo e persistente. Alguns dos votos dos jovens foram embora por motivos econômicos. Outros ficaram desiludidos e desmoralizados com o suporte totalidade à guerra genocida em Gaza pelo Partido Democrata. Os muçulmanos, embora sejam um grupo pequeno, votaram em um terceiro partido ou em Trump.
Apesar das invenções dos manipuladores corporativos do Partido Democrata, Harris era, na verdade, falsa, repugnante, superficial e não conseguia mascarar sua história porquê promotora que passou a vida atacando os direitos dos pobres.
A insatisfação com muitos partidos ocidentais eleitos está crescendo – conservadorismo no Reino Uno, centro-direita na França, direita na Alemanha – todos expulsos. Biden deixou um Partido Democrata desmoralizado e saiu tarde demais.
O pânico do fascismo foi o cerne da retórica dos democratas, mesmo que ninguém saiba o que o termo significa. Alguns eleitores ficaram irritados com o assédio dos liberais para que votassem neles, já que eles eram a última barreira de resguardo contra o fascismo. Muitas pessoas não acreditavam que Trump fosse, de roupa, um fascista, nem que todos os membros de suas famílias que ouviam Trump fossem fascistas.
A inércia está crescendo e continua sendo um problema real. Provavelmente, mais de um milhão de pessoas ficaram em vivenda, pois não conseguiram suportar o suporte prazenteiro do Partido Democrata ao genocídio. A vitória de Trump em Michigan certamente se deveu a essa questão.
Harris jogou e bajulou o criminoso de guerra Dick Cheney, o arquiteto da invasão do Iraque e um inimigo histórico da direita dos democratas. Não sabemos quantos eleitores saíram com nojo.
Por que Trump ganhou votos?
Trump tirou proveito da insatisfação da classe trabalhadora. Mesmo assim, ele obteve unicamente menos de 2 milhões de novos votos no totalidade. Não há evidências de uma mudança em grande graduação dos votos da classe trabalhadora para os republicanos nessa eleição.
Mulheres da classe trabalhadora votaram em candidatos locais que apoiavam o monstro, mas votaram em Trump por motivos econômicos e outros. Outras votaram em questões locais importantes para elas e depois votaram em Trump porque sentiram que, apesar de seus comportamentos desagradáveis, ele estava mais comprometido em “mudar as coisas”.
A classe bilionária garantiu que Trump tivesse amplos fundos. O “America Pac” [fundo de doações] de Elon Musk gastou US$ 118 milhões (R$ 680 bilhões) em operações de campo para a campanha de Trump, um papel incomum para um chamado “super pac”.
De 2008 a 2020 houve um declínio na porcentagem de eleitores que apoiam os democratas entre as pessoas com baixa renda nos EUA. Há poucos dados disponíveis atualmente para fornecer uma resposta detalhada sobre o número relativamente insignificante de eleitores que votou no Partido Democrata em 2020 e no Partido Republicano em 2024.
Qual é a avaliação dos novos cargos anunciados no gabinete?
As dezesseis nomeações de Trump até o momento são todas apoiadoras do genocídio na Palestina. Nos Estados Unidos, há sionistas judeus e cristãos. Trump nomeou vários sionistas cristãos. A maioria são chamados de “falcões” por sua posição contra a China.
Devido a algumas dessas nomeações, a estatura dos EUA em assuntos internacionais provavelmente diminuirá. Trump descartou brilhantemente o extremamente perigoso Mike Pompeo. Ele deixou simples que poucos do primeiro grupo interno de seu gabinete e conselheiros retornarão. O mundo não sentirá falta deles.
No entanto, há poucas evidências que sugiram que Trump tenha a capacidade de liderar qualquer grupo com sucesso, mesmo que por um período intermediário. Ele é divulgado por se voltar contra as pessoas e colocá-las umas contra as outras.
Porquê interpretamos a votação?
É compreensível que uma segmento significativa da classe trabalhadora tenha esquecido os democratas nessa eleição. Não há uma grande mudança de direita nas atitudes dos EUA, mas há uma base real para a direita.
A escol do Partido Democrata está completamente divorciada das tamanhos. Desfilar com a escol cultural real e leal, porquê Taylor Swift, Beyoncé e Bruce Springsteen, cheirava a riqueza, opulência e surdez.
A inércia não deve ser subestimada. Pelo menos 88 milhões de pessoas não votaram e outros 19 milhões não tiveram recta a voto.
Os terceiros partidos são estruturalmente impedidos de lucrar até mesmo um único estado em uma eleição presidencial. Eles são estruturalmente impedidos de entrar no Congresso. Os Estados Unidos estão presos a um sistema bipartidário. A maioria dos eleitores foi capturada por essa crença. Pequenas exceções a isso são os candidatos ricos, porquê Ross Perot, em 1992, e Robert Kennedy Junior.
No final, houve uma grande intimidação contra os apoiadores de candidatos de outros partidos, o que reduziu ainda mais a votação deles do que o normal. Nessa eleição que acaba de ser realizada, a candidata do Partido Socialismo e Libertação (PSL), Claudia Cruz, recebeu 134.348 votos até o momento. Os 134 milénio votos de Claudia Cruz são o maior número de votos para um comunista explícito na história estadunidense. Ele supera o recorde anterior de William Z. Foster, do Partido Comunista, que teve 120 milénio votos em 1932. A votação de 1932 foi uma porcentagem maior da população, pois os EUA eram menores em 1932. Esses fatos são um lembrete da campanha de longo prazo do anticomunismo nos EUA.
O capital está claramente feliz com a vitória de Trump, porquê evidenciado pelo comício de comemoração de 6 de novembro em Wall Street. Eles discordam da propaganda liberal de que ele trará o termo da sociedade estadunidense. Apesar das mentiras dos liberais, os fatos são que Trump iniciou formalmente a Novidade Guerra Fria contra a China. Sua equipe interna é mais ferozmente anti-China do que os democratas, que são mais ligados à Guerra da Ucrânia.
Trump tem menos restrições, pois controla o Senado, a Câmara, a Suprema Namoro e a Presidência. Ele poderia muito muito iniciar uma Terceira Guerra Mundial. Seria um erro subestimar esse risco.
Outras coisas que as pessoas fora dos EUA devem saber
Há uma tendência em algumas partes do Sul Global de fazer uma estudo simplista e falsa de que qualquer inimigo dos liberais é camarada do Sul Global. Esse é um argumento extremamente falho. A extrema direita imperialista não é um bom sujeito, um conservador cultural que quer proteger as famílias e a vida cultural. Dentro dos EUA, a cultura conservadora está fortemente ligada à escravidão e ao genocídio. Ela é misógina, racista, militarista e reacionária. Não devemos confundir as histórias do Irã, da Turquia, da Índia, de Gana e da China com as dos EUA.
Albergar as divisões no campo inimigo muitas vezes é totalmente correto. Mas os comunistas, socialistas e verdadeiros democratas não apoiam pontos de vista reacionários e estão sempre do lado do povo, não dos ideólogos de extrema direita.
Há também uma grande confusão sobre o movimento “MAGA” (Faça a América Grande de Novo, na {sigla} em inglês) e o “MAGA-Comunismo”. Primeiro, “Make America Great Again” significa retornar (o segundo “A” em MAGA) à glória totalidade do pretérito industrial dos EUA. Mas o que era esse pretérito? Foi, na verdade, a totalidade subordinação econômica, política, militar e racial dos povos dos estados do Sul Global aos EUA. Foi o século da humilhação na China. Esse não é um retorno que a história acolha. O MAGA é um resultado e um concepção profundamente reacionário e inadmissível.
Um dos maiores poetas dos Estados Unidos é Langston Hughes. Um de seus poemas chama-se “Let America Be America Again” (Deixe a América ser a América de Novo). Mas isso foi uma paródia, pois a enunciação real foi feita no refrão: “America Never Was America to Me” (América nunca foi a América para mim). O significado desse poema era o falso retrato dos Estados Unidos porquê tendo um pretérito glorioso, o que nunca foi verdade para os escravos ou para a classe trabalhadora.
Em segundo lugar, há um punhado de personalidades nos EUA que pegaram a grande termo “comunismo” e a mancharam com a teoria de retornar a uma América falsamente idealizada. A antiga e “possante” indústria estadunidense foi construída sobre as costas de trabalhadores mal remunerados nas minas da África e de outros lugares.
Desejar um caminho comunista real é uma coisa boa. Mas vinculá-lo a um pretérito imperialista, um pretérito de violência, com visões reacionárias, é o caminho oposto ao adotado por Lênin, Mao e Fidel.
Há também uma tendência perigosa de simplesmente rejeitar os conceitos liberais da política de identidade e abraçar os valores do conservadorismo de extrema direita, ao mesmo tempo em que falta o pensamento científico sobre a situação das mulheres e de outros grupos vulneráveis.
O Partido Comunista da China (PCCh) liderou o país nos primeiros sovietes nacionais em Ruijin na luta para suprimir os preconceitos do feudalismo e emancipar as mulheres e as minorias nacionais. Entretanto, esses direitos ainda não foram conquistados em muitos países, pois não houve revolução comunista. O verdadeiro comunismo é o caminho para o progressão dos interesses gerais da classe trabalhadora em todos os países, inclusive das mulheres, das minorias nacionais e de outros grupos vulneráveis.
A base eleitoral republicana em termos de classe é a classe média baixa, que é predominantemente branca, suburbana e rústico. Ela é ampliada pelos cristãos fundamentalistas e pelos redutos regionais republicanos.
Há seis tendências “ideológicas”, todas de extrema direita, no campo republicano: Demagogos populistas; libertários extremos; sionistas-cristãos fanáticos; anticomunistas virulentos; bilionários tecnológicos perigosos e obcecados por IA; conservadores complexos.
A economia dos EUA continuará a ter um desempenho ruim, mas melhor do que o resto do Poente. O país continuará a usar sua preponderância do dólar, reforçada por sanções, para retirar centenas de bilhões de dólares do Sul Global e forçar a Europa, a Austrália e o Japão a subordinar seus interesses econômicos aos dos EUA.
O orçamento real dos EUA para as forças armadas foi de US$ 1,8 trilhão no ano pretérito. Cortes significativos parecem improváveis.
Agora existe uma classe média subida negra permanente que produz uma má liderança negra. Esse grupo de má liderança criou duas décadas de criminosos de guerra negros e apologistas do predomínio. A subida dessa gangue de má liderança, no entanto, não deve ofuscar o roupa de que a maioria dos negros continua oprimida e explorada.
A política anti-imigração nos EUA é dirigida principalmente aos migrantes sem documentos do México, da América Mediano e do Caribe. Mas há uma falsa crença de que todos os migrantes nos EUA são da classe trabalhadora e progressistas – isso simplesmente não é verdade. Uma categoria importante de migrantes que não são da classe trabalhadora está entre os defensores mais virulentos das atrocidades cometidas pelos EUA no mundo.
Há uma crença de que existe uma conspiração de qualquer grupo secreto de membros do tropa e do governo que decide a maioria das coisas, que eles chamam de “Deep State” (Estado Profundo). Esse é um concepção preguiçoso. Ele nega que todos os Estados tenham um caráter de classe e um tropa permanente.
Nos EUA, estima-se que mais de 5 milhões de pessoas tenham autorização de segurança, e muitas delas têm ofício quase vitalício. Não há premência de teorias da conspiração. Os EUA têm de roupa um Estado avançado que funciona em nome do capital. Esse Estado administra os negócios dos grandes capitalistas, que muitas vezes competem entre si, e agora está cada vez mais favorecendo principalmente os bilionários da classe numulário. Portanto, a melhor maneira de ver o Estado dos EUA é pelas lentes de Mao, Lênin e Marx, e não porquê uma conspiração inexplicável.
Há uma relação próprio entre os EUA e Israel, ambos estados de colonização branca extrema. Somente nos EUA, mais de 30 membros da Câmara, do Senado e do gabinete têm dupla cidadania, dos EUA e de Israel. Israel não controla os EUA, mas eles são socialmente um duopólio. Eles são o núcleo do “Argola 1” do Setentrião Global, o núcleo do conjunto imperialista, juntamente com o Reino Uno, o Canadá e a Austrália.
A tendência de longo prazo é clara: a democracia liberal burguesa está fracassando em todo o mundo.
Qual é a consequência vernáculo da votação?
Desde 2016, o topo da classe numulário tem liderado e mobilizado um movimento neofascista. Níveis crescentes de força e guerra lícito serão agora usados internamente nos EUA.
O próprio Trump não é um fascista em si. Ele é superegoísta e acredita que pode agir com impunidade quase absoluta. Mas ele está aproveitando e se beneficiando das mudanças nos fenômenos de classe.
O fascismo não é tanto uma ideologia quanto uma relação estrutural de classe na qual a classe média baixa, que tem uma ideologia revanchista, é mobilizada pelo grande capital durante um período de desequilíbrio interno e extrínseco.
O New York Times e o Financial Times usam a termo fascismo porquê uma tática de intimidação para manter seu papel e influência no Estado. Neofascismo é uma termo mais precisa do que fascismo neste momento para descrever as mudanças nos EUA.
Historicamente, há alguns aspectos necessários para definir um estado totalmente fascista em países imperialistas. Um deles é que o Estado usa métodos de controle que normalmente usaria unicamente para suas colônias e neocolônias, ou seja, violência e força extremamente generalizadas. A outra é o roupa de recorrerem à derrubada da constituição.
É improvável que a Constituição seja alterada diretamente. Entretanto, a Constituição original, um documento do século 18, tem muitas lacunas que podem ser exploradas. Portanto, é provável que ocorram mudanças legais radicais e extremas. Haverá uma reversão de 70 anos de direitos civis.
De modo universal, ainda não se sabe até onde a classe numulário está disposta a ir. A capacidade do Estado em muitas áreas, além da resguardo e da polícia de fronteira, será reduzida. No primeiro procuração, Trump fez grandes cortes no Departamento de Estado. Mesmo com a presença de Rubio, é improvável que ele volte ao seu nível anterior.
Os bilionários desempenharão um papel direto nas principais tarefas, desde o encontro com o presidente da Ucrânia, Volodimyr Zelensky, até a serra elétrica dos departamentos governamentais. Alguns departamentos, porquê Lavoura, Instrução e Saúde e Serviços Humanos, são, de roupa, decrépitos, corruptos e disfuncionais. Mas uma reforma liderada por um bilionário resultará em uma burocracia estatal numulário privatizada repugnante e também disfuncional.
Trump está comprometido com uma estratégia isolacionista de longo prazo. Mas os EUA têm mais de 900 bases militares no exterior. Eles apoiaram totalmente a expansão da guerra de Israel no Oriente Médio, construindo suas forças armadas no processo.
Trump não bloqueará os projetos de infraestrutura que foram votados durante a gestão de Biden. Os EUA reconhecem que sua capacidade de fabricação perdida é um déficit estratégico no fornecimento militar.
O peso dos cortes ainda aumentará o sofrimento dos 150 milhões de pobres da classe trabalhadora nos EUA. A esquerda estará ainda mais sujeita à repressão severa. Rubio está salivando.
Quais são as possíveis consequências internacionais?
Apesar da recente reunião de Zelensky, os EUA provavelmente promoverão um cessar-fogo e reduzirão a guerra na Ucrânia. A Crimeia está fora de cogitação. As linhas militares atuais serão o ponto de partida. Fazer isso pode reduzir o risco súbito de uma guerra nuclear. Em abril deste ano, tanto o vice de Trump, J.D. Vance, quanto Rubio votaram contra o projeto de lei de US$ 95 milhões (R$ 548 milhões) de ajuda militar dos EUA para a Ucrânia.
Com Israel, há três possibilidades principais: Trump restringe Netanyahu e pede o termo do Líbano, nenhuma mudança de regime no Irã e um entendimento de sossego injusto; ele é vítima dos sionistas cristãos e continua o genocídio contra a Palestina; ou ele vai contra suas declarações contra a guerra e aprova uma escalada com o Irã.
Não sabemos, mas a primeira opção não é impossível. Trump quer um entendimento com a Arábia Saudita. Há alguns dias, o rei saudita Mohammed Bin Salman foi forçado a invocar o que ocorre em Gaza de genocídio, uma enunciação rara de um coligado de longa data dos EUA.
Com a China, há também três possibilidades: Trump diz que as tarifas são sua termo favorita no linguagem inglês e quer aumentá-las e varar os impostos domésticos; Rubio e outros membros do gabinete que detestam a China o pressionam a aumentar a escalada; ou os elementos de segurança vernáculo dos EUA e os magnatas da tecnologia, porquê Peter Thiel, incentivam os preparativos militares.
Quanto à questão de Taiwan, algumas pessoas no Sul Global caem na insídia das mensagens liberais no Poente de que Trump, o negociador, venderá Taiwan por uma taxa. Isso traria possante resistência dos militares dos EUA e de grande segmento dos membros anticomunistas de seu grupo principal. Esse é um caso muito improvável.
O mundo não deve permanecer confuso se Trump iniciar um cessar-fogo na Ucrânia e pressionar Netanyahu a reduzir o genocídio. Nenhuma dessas ações reverte a tendência de longo prazo dos EUA em direção à militarização contra a China. Zero que Trump faça reverterá o incremento econômico anêmico de longo prazo dos EUA.
A China ainda tem a meta de ultrapassar os EUA em termos de PIB com a taxa de câmbio atual dentro de 10 anos. O Estado norte-americano ainda está em um curso de longo prazo para usar sua autopercebida supremacia militar para destruir o que considera ser a ameaço eurasiática. Ele continua hipotecado em desmembrar a Federação Russa e derrubar o PCCh. Os imperialistas acreditam que esse é o caminho para um reinado de milénio anos de poder unilateral.
Os EUA continuarão, sem interrupção, sua estratégia de buscar a primazia nuclear e o que é chamado de estratégia de “contraforça”, que planeja o uso de um primeiro ataque ou lançamento de armas nucleares. A evidência dessas mudanças perigosas na estratégia militar dos EUA pode ser vista em sua retirada unilateral dos seguintes tratados: 2002, com George W. Bush, no tratado de mísseis antibalísticos (ABM); 2019, com Trump, no tratado de Forças Nucleares Intermediárias (INF); 2020, ainda sob Trump, no tratado de Céus Abertos.
Tucker Carlson tem o ouvido de Trump por enquanto e não é um padroeiro de conflitos militares. Em 2023, um general de quatro estrelas, Minihan, afirmou que os EUA estariam em uma guerra quente com a China em 2025. Essas declarações não são acidentais. Não se sabe se Rubio, alguns dos libertários de extrema direita e as forças militares influenciadas pelo CNAS conseguirão superar a aversão de Trump a conflitos militares.
É provável que os EUA aumentem sua atenção na América Latina e aumentem o suporte a figuras de extrema direita, porquê Bolsonaro e Milei. Não é provável que haja ajuda em larga graduação para a África. O projeto da ferrovia de Angola agora é improvável.
Os EUA adotaram a contraforça e a supremacia nuclear porquê sua principal estratégia militar. A ameaço de guerra não mudou devido a um novo governo. Somente, talvez, a velocidade com que ela será realizada.
Os ataques econômicos e políticos contra a classe trabalhadora dos EUA aumentarão, principalmente contra os progressistas.
O Estado continuará a estreitar seu controle sobre as chamadas liberdades democráticas burguesas, restringindo ainda mais os direitos de voto, os direitos civis e a liberdade de frase.
*Publicado originalmente em Guancha.cn
**Oriente é um item de opinião e não necessariamente representa a risca editorial do Brasil do Veste
***Deborah Veneziale é jornalista e editora. Colabora porquê pesquisadora no Instituto Tricontinental de Pesquisa Social. Atualmente mora em Veneza, Itália
Edição: Guancha