Os ônibus do município do Rio de Janeiro terão sensores de ar-condicionado para monitorar a temperatura interna dos veículos. De concórdia com a prefeitura da capital fluminense, a medida, que já começou a ser implementada em algumas linhas da cidade, visa prometer o bem-estar dos passageiros e punir as empresas que não cumprirem as regras de climatização.
Com o sensor, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) passará a medir remotamente a temperatura de toda a frota municipal. O programa de controle permitirá, por exemplo, verificar em tempo real a temperatura média de uma determinada risco.
Segundo a prefeitura, a temperatura de referência no interno do veículo será de 24ºC, mas a Secretaria de Transportes vai considerar ligado e em bom funcionamento o ar-condicionado que reduza a temperatura no interno do veículo em, no mínimo, 8ºC, em conferência com a temperatura externa ao veículo, segundo registro do Instituto Pátrio de Meteorologia.
A implementação dos novos equipamentos já teve início e, atualmente, 64 ônibus já estão com o sensor. Até o termo do ano, a expectativa é a de chegar até 150 coletivos.
Calor extremo
A proximidade do verão e, porquê consequência, as elevadas temperaras no Rio, são fatores de preocupação. Em novembro do ano pretérito, a jovem Ana Clara morreu de exaustão térmica. A estudante universitária de 23 anos passou mal durante o show da cantora Taylor Swifit, no estádio do Engenhão.
Na ocasião, a cidade atravessava uma vaga de calor, a temperatura no dia passava de 40ºC, mas com uma sensação térmica de quase 60ºC.
Em junho deste ano, a prefeitura publicou um decreto que estabelece os níveis de calor em cenários de risco relacionados a calor extremo e os protocolos que devem ser instituídos em cada tempo pelo governo.
Nesta semana, o vereador Willian Siri (Psol), fez uma postagem nas redes sociais lembrando que alguns profissionais ficam mais expostos ao risco e que medidas também precisam ser tomadas para preservar a vida destes trabalhadores.
“Nessa estação do ano, camelôs, garis, motoristas de ônibus, ambulantes e cozinheiras sofrem ainda mais. É preciso oferecer condições de trabalho que atenuem os efeitos do calorão. Pontos de hidratação, todos os ônibus com ar-condicionado, roupas leves e protetor solar pra esses trabalhadores são fundamentais”, destacou o parlamentar.
Natividade: BdF Rio de Janeiro
Edição: Jaqueline Deister